segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

AONDE TUDO COMEÇOU, TUDO PODE TERMINAR


DA LIBERDADE
Somos vigiados quando andamos na rua, entramos no elevador, vamos fazer uma compra ou estamos em um parque, quando acessamos o email, escrevemos ou pesquisamos no facebook ou google. 
Através de câmeras, pelo uso do nosso número de CPF e através de coleta de dados eletrônicos e virtuais, a todo o momento, somos monitorados.
Muitos acham normal. Cedemos dados e informações a todo o instante, mesmo que não percebamos.
O Estado tem controle absoluto sobre nós, o que fazemos, o que compramos, o que escrevemos e muitas vezes até sobre o que pensamos.
Estamos vivenciando o totalitarismo denunciado pelo agente Snowden.
Em paralelo, os partidos e os candidatos de extrema direita têm ganhado as eleições em alguns países chaves.
Não temos e não teremos mais a amplitude das liberdades consagradas nas Constituições e na própria Declaração dos Direitos Humanos. 

DA IGUALDADE
Somos controlados como todos. Nisso, esse sistema totalitário nos tornou iguais.
Porém, não há igualdade de condições, seja na educação, no acesso à boa saúde e até na segurança pública. Isso ocorre em todos os países, ricos e pobres, Estados Unidos, Brasil e Haiti, por exemplo.
Alguns são privilegiados por terem nascido ricos, por serem brancos e por morarem em bairros bons. Outros, muitos outros, são excluídos por morarem em bairros populares ou na periferia.
A fixação que as pessoas têm pelo sistema financeiro apenas faz com que dinheiro gere dinheiro. Quem tem dinheiro não precisa trabalhar, mas apenas investir e reinvestir, e poderá ter, sem trabalhar, um nível de vida nababesco.
Quem não tem dinheiro, precisa trabalhar e dificilmente conseguirá guardar recursos para propiciar melhores condições aos filhos, ainda mais nessa sociedade consumista que incentiva as pessoas a comprarem carros caros, roupas caras, bebidas caras etc.
Essa sociedade acaba por criar castas que reproduzirão o sucesso ou insucesso financeiro. Somos e seremos iguais aos nossos pais e avós, na chance de sucesso ou de insucesso.
Ao mesmo tempo, somos manipulados por uma mídia que não se aprofunda e não investiga, salvo raras exceções, pelas falsas comunicações dos políticos, por Igrejas que apenas visam ao enriquecimento, pelas mídias sociais. A massificação, tão intensa, nos iguala, mas da pior forma.

DA FRATERNIDADE
Um ser que já não se importa com a liberdade, com o direito à igualdade, com o direito a uma educação de qualidade e crítica, com o direito à informação mais aprofundada, com a saúde que realmente cura e não apenas protela, com o direito ao autoconhecimento, inclusive espiritual, deixa de ter características humanas para agir como um ser manipulado que busca apenas o que aqueles que realmente comandam o país e o mundo (instituições financeiras, indústrias de armamentos, indústrias de medicamentos) querem que seja do seu interesse (consumir o desnecessário, consumir medicamentos que viciam e apenas amenizam sintomas e não curam, desprezar a criticidade, necessitar da sensação de segurança por forças civis ou militares armadas e distribuídas pelas ruas e cidade).
O morador de rua, o refugiado e qualquer outro que não se enquadre no padrão de cidadão de sucesso, ou seja, que consuma, é desprezado.  É considerado simplesmente como o outro, como se fosse um objeto, e não um ser igual.

DA GUERRA CONTRA AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES. DA GUERRA CONTRA A HUMANIDADE
As primeiras grandes civilizações Suméria, Babilônica e Assíria surgiram entre o Iraque, Irã e Síria, justamente a região em que os Estados Unidos intervêm.
Lá desenvolveram a agricultura, a escrita, a palavra e permitiram o desenvolvimento do pensamento mais crítico.
E ao longo da história, até o século passado, praticamente, a filosofia, a astronomia e as ciências humanas eram muito valorizadas pelos Estados e pela sociedade. Hoje já não é assim. Tais ciências são discriminadas quando contestam ou criticam o "status quo".
A civilização Suméria descrevia Adão e Eva, Noé e outros grandes personagens que a Bíblia judaica posteriormente incorporou, mas os tratava de uma forma diferenciada, como se fossem criações de seres "espaciais".
Os vestígios dessas civilizações (suméria, babilônica e assíria), "coincidentemente", estão sendo destruídos. Pouco resta de concreto. Há, sim, fotos, mas as construções belíssimas e imponentes estão sendo implodidas.
Muito do que havia em museus iraquianos foram saqueados pelos próprios iraquianos e por soldados estadunidenses. Grandes sítios arqueológicos no Iraque e na Síria foram destruídos por terroristas, pelos estadunidenses e também pelo conflito armado ainda existente nessa região.
Caem os vestígios da civilização, mas os Estados Unidos já ergueram cerca de duas dezenas de bases militares somente na Síria e no Iraque, bem ao lado de outro país que faz parte do cinturão das primeiras civilizações, o Irã.
Você pode não ter percebido, mas retiraram de você não apenas a liberdade, o direito à igualdade, o direito ao conhecimento, o senso mais próprio do ser humano, o do sentimento de fraternidade, mas o próprio vestígio de nossa civilização.
Nesses estranhos tempos, estão nos transformando em algo não humano, pondo fim a todos os vestígios de nossa humanidade.
Será o fim da humanidade não por sua extinção, mas pela transformação das pessoas em uma espécie de aberração quase robótica?

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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