domingo, 25 de dezembro de 2016

VAMOS FALAR DE ECONOMIA?

Bom dia!
É Natal e eu vou ousar falar de algo chato e que não domino, economia!
Não acho que a economia seja mais importante que saúde ou educação, mas não é o que pensam os nossos governantes. Por isso temos que falar dela quando a situação não anda boa.
O fato é que o Brasil está em crise econômica e a condução do atual governo só tende a agravar o quadro.
O atual presidente assumiu falando que iria retomar o progresso econômico do país e o que temos visto é a recessão se agravando, e não é para menos. O nosso governo beneficia apenas os investidores e não os que produzem, sejam industriais ou trabalhadores.
Vou dividir a crise em dois aspectos.
O primeiro é o Brasil no plano internacional.
O governo que assumiu o poder é fraco, não tem planos de conquista de mercados e não tem tido boa acolhida no plano internacional. O resultado disso é que Trump tem manifestado preferência por negociar com a Argentina e o Chile. Mais. A postura arrogante brasileira tem enfraquecido o Mercosul e parceiros de décadas têm optado por outros mercados, reduzindo a compra de produtos brasileiros. Mercados conquistados pelo antigo governo não tem tido a mesma atenção. Ademais, com a crise política interna, diversos países, para evitar polêmica, têm evitado manter contato com um governo que só terá mais dois anos de mandato.
O segundo é o Brasil no plano interno.
Há diversos acontecimentos que evidenciam que a crise econômica perdurará por um bom tempo Ouso dizer que por pelo menos de 5 anos, isso no mínimo. Os motivos são muitos.
Embora o Brasil seja um país com mercado promissor e de enorme riqueza natural, o governo adota medidas na contramão do avanço econômico. É muito fácil de explicar e entender.
As modificações na legislação trabalhista e previdenciária evidenciam que o poder de compra do trabalhador irá diminuir, e é justamente ele que movimenta a economia e que poderia ter um maior potencial de consumo. Os ricos consomem bastante, mas sempre o mesmo nível. O maior potencial de consumo, portanto, está na classe média e média baixa, justamente elas que sofrem os ajustes proporcionados pelo atual governo. Com os ajustes, portanto, o consumo será refreado. É fato, também, que com as incertezas na aposentadoria, os trabalhadores irão priorizar a poupança, de forma que o consumo será também por isso afetado negativamente.
Por outro lado, os processos criminais que envolvem as maiores empreiteiras brasileiras não estão apenas expondo o sistema corrupto que liga essas empresas aos políticos, estão também aumentando a crise econômica a partir do momento em que essas empresas têm menos dinheiro para investir e fazer negócios. Como bola de neve, a redução drástica de investimento ocasiona diminuição com efeito cascata, atingindo outros setores, inclusive. E enquanto o processo não for finalizado, a economia estará fragilizada. Esses processos não minam apenas os corruptores e os corruptos, mas a economia brasileira.
Sem a diminuição significativa da taxa de juros, muitos empresários que detêm recursos priorizam o investimento em fundos ou em ações, deixando de investir na indústria propriamente dita. O resultado disso é a diminuição da industrialização, diminuição da produção, diminuição de empregos, diminuição de consumo e fortalecimento do sistema financeiro e da rentabilidade sem a produção ou criação de empregos, ou seja, sem qualquer significado social positivo.
O que esse governo tem feito de forma muito acentuada é a priorização do mercado financeiro e com o inconcebível apoio da FIESP, que não representa o verdadeiro industrial paulista, aquele empreendedor que ousa produzir e criar empregos.
Desse panorama podemos vislumbrar alguns acontecimentos.
O primeiro é a possível vitória da esquerda ou da extrema direita nas próximas eleições por conta da recessão agravada por ações impopulares e recessivas.
Caso a corrupção avance no atual governo e a população vá às ruas contra o retrocesso social, é possível que os militares saiam dos quartéis e apliquem um golpe relâmpago, visando a realização de eleições o mais rápido possível. Eles, inclusive, já se manifestaram a respeito.
Outra possibilidade é o agravamento do enfrentamento havido entre direita e esquerda, o que certamente poderia levar a uma convulsão social ou até mesmo a uma guerra civil, caso, nessa situação, os militares não tomem qualquer atitude.
Há várias medidas que poderiam ser adotadas e que poderiam redundar por via transversa em fatores positivos para a economia, A reforma política criaria uma esperança na população e seria um fator positivo para a economia. A finalização da Lava Jato o quanto antes, com a condenação de todos os culpados e absolvição dos inocentes, finalizaria a médio prazo esse longo martírio da economia e permitira o seu reajustamento. Se o governo investir dinheiro na economia também servirá como mola propulsora do crescimento econômico. Por fim, caso os trabalhadores mantenham o poder de compra ou até aumentem, a economia irá se reaquecer em curto espaço de tempo.
Eu não sou economista, mas parece que o raciocínio acima é por demais lógico. O que tem ocorrido no Brasil não permite o crescimento econômico nos próximos anos ou talvez até nas próximas décadas.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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