sábado, 13 de julho de 2013

AUSÊNCIA DE SOLIDARIEDADE EM ALGUNS MANIFESTOS

Nesta semana, uma quadrilha, sim, um grupo superior a 3 pessoas, mas inferior a uma centena, "manifestou-se" contra a democracia e pelo retorno dos militares ao poder. Reacionários? Sim. Idiotas? Não sei. Um psiquiatra precisaria avaliar cada um dos componentes deste "seleto" grupo para poder chegar a uma conclusão do nível de aberração mental de cada um. Em matéria divulgada na internet, o grupo dizia que tinha medo de que os "comunistas" que comandavam o país implantassem o sistema de coloração vermelha no país e imploravam para que os militares dessem um golpe, ao estilo do ocorrido no Egito. Esse bando de "sem noção", para não usar outro termo, tem nojo da democracia e do que ela representa e gostaria de viver à época da Corte Imperial francesa. Na verdade, o Brasil ainda tem muito de elitismo e de vastos beneficios escusos às classes mais privilegiadas. Isso poderia ser chamado, sem chance de errar, de uma neo aristocracia. E são esses mesmos neo aristocratas, já amplamente beneficiados, que clamam por um golpe fatal à democracia. Quanta incoerência. Quanta ignorância. Os Estados Unidos com toda a sua alardeada democracia, pensam militarmente em todas as suas ações políticas. Suas ações beligerantes mundo afora e as ações de espionagem evidenciam isso. Buscam eles manter os Estados Unidos na posição de liderança absoluta, muitas vezes às custas de milhões de vidas humanas e de violação a direitos humanos. Lá também busca-se a manutenção de privilégios. Para uma criança isso já seria inaceitável. Mas o que pensarão esse bando de golpistas de plantão? Os militares foram muito importantes no processo histórico brasileiro. Foi graças a eles que se implantou a República em 1889 e a Revolução modernizadora de 1930. Contudo, alguns de nossos militares cometeram erros, muitas vezes por manipulação do poder civil. Exemplo disso foi em 1897, na Guerra de Canudos, e no Golpe de 1964. Mas, sem dúvida alguma, os militares sempre foram importantes para a manutenção da nossa soberania e independência. Muitos militares, durante toda a história, também deram a vida por um Brasil mais justo. No entanto, esse grupinho de civis (não se confunda com civilidade), longe de pretender um Brasil mais justo, pretende ver-se livre daquilo que mais necessitamos: conquista sociais. Não defendo aqui o governo do PT, até porque não sou petista, mas é fato que o Brasil necessita avançar no processo de Justiça Social, seja por ser uma questão de direitos humanos, seja por se tratar de uma razão de Justiça em seu sentido amplo, seja ainda pelo princípio básico de solidariedade na convivência humana, isso sem adentrarmos nos benefícios econômicos com a inserção dessas pessoas numa sociedade de consumo, ainda que do mínimo necessário. Muitos países conseguiram diminuir as injustiças com os militares no Poder, como ocorreu aqui ao lado, na Venezuela. Mas não é para isso que os "manifestantes" de verde, azul e amarelo (cores do Brasil ou de arara sem cérebro?) foram às ruas. Querem eles o oposto, menos divisão de renda, concentração de privilégios e distância de gente diferenciada, tudo o que o bom senso não aceita e o que o Brasil não pode e não recepcionará. O que o Brasil precisa fazer é diminuir privilégios e tornar-se menos elitista, e com urgência. Não tenho medo de errar ao afirmar que se o povo tivesse consciência dos privilégios de certas classes, provavelmente pretenderia implantar no país o sistema de degola, paredão ou de outro modo horrendo de lei do Talião. Dar ibope a esse bando de egoistas que saem às ruas para a ampliação dos seus vastos privilégios significa idiotice, a mesma que provavelmente os conduz no dia a dia. A essa quadrilha, armada com a sua mais absoluta ignorância, resta a pena de ausência de solidariedade de todos nós. É o que a democracia, o Brasil, o povo brasileiro e a Justiça Social exigem.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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