segunda-feira, 22 de julho de 2013

As baratas da vizinhança.

foto: internet
Pode parecer uma histórica com conotação erótica, mas não é.


É uma história real e sem qualquer sexualidade envolvida.

Trata-se das baratas das vizinhas que resolveram invadir o meu lar e me deixar em desassossego, tirando tanto o meu fôlego quanto o meu sono.

Isso ocorreu por três longos anos e me ajudou a emagrecer muito e acabar com a minha saúde, inclusive. Não dava conta delas.

Essas baratas danadas me desgastavam. Faziam acrobacias. Subiam pelas paredes, até, isso de dia, de tarde, de noite, de madrugada. Não havia hora! Elas estavam sempre lá, a exigir minha pronta ação. Haja fôlego! Que baratas danadas!

Um dia resolvi procurar descansar e larguei as baratas às moscas, ao menos era o que pensava. Que moscas, o quê. As baratas insaciáveis desapareceram com a minha cobra.

Calma! Eu disse que era uma história sem conotação erótica. Trata-se de uma cobra enorme, sim, mas de areia, que visava impedir que as baratas entrassem pela porta sem me avisar. Visava preservar a minha saúde.

Sim, cobras também servem para isso, para barrar a ferocidade das baratas.

Não entendia o motivo da cobra ter desaparecido. Sem ela eu estava totalmente desprotegido e à própria sorte com as baratas que me cercariam.

Não precisava de muito raciocínio para descobrir que foi a minha vizinha que havia desaparecido com a minha cobra nova, formosa e que tanto bem serviu em prol de acabar com as baratas. Essa vizinha queria que as suas baratas invadissem a minha casa, numa espécie de orgia do dissabor, da deselegância e do desassossego.

Se era tarada, maníaca ou louca eu não sei. Só sei que essa vizinha me atacava constantemente com as suas baratas. Umas baratas estranhas. Não eram baratas normais. Contra elas eu usava o meu tubo, um tubo que espirrava um forte jato. Sim, inseticida.

E para quem não sabe, tem baratinhas pequeninas e aquelas enormes que até voam. Ah, barata voar é sinal que elas estão no barato? É, acho que fui sem graça nessa piadinha infame.

Mas as baratas não paravam por aí. Quanto mais dava conta das baratas, mais elas apareciam. Parecia que queriam me devorar.

Quando dei por mim, acordei. Olhei para os lados e não vi as baratas. Havia exterminado esses seres? O que aconteceu?

Confesso que não senti saudades. Essas baratas não tinham uma boa aparência nem um bom cheiro. Eram asquerosas.

É. É fato que nem todas as baratas são assim. Mas não havia dado sorte.

Esperava, agora, pela invasão das aranhas das vizinhas de rua. Ah, bem mais simpáticas...

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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