Permaneci poucos dias em Caracas, mas percebi que os grandes comércios e hotéis desrespeitam e muito os consumidores em geral. Parece ser cultural os grandes empresários fazerem o que bem entendem. No hotel em que fiquei, onde dizem que o café da manhã (desayuno) é um “brinde”, o desayuno seria servido inicialmente às 7hs30. Entretanto, somente está efetivamente disponível a partir das 8 da manhã. Ou seja, para quem vai a trabalho, esses desrespeitos constantes são um problema e tanto.
Talvez isso explique a grande criação de empresas estatais, talvez para quebrar os monopólios e os preços exorbitantes.
Chavez constrói enormes edifícios (bonitos e dignos) para a população carente, e no centro da cidade. Por isso considero o presidente uma pessoa realmente preocupada com o bem estar do povo. Contudo, o seu populismo, perceptível pelos cartazes expostos em diversos locais, inclusive no aeroporto, dão conta de que a cidadania é vista como uma conquista do governo e não pessoal, o que pode resultar em problemas para as classes mais carentes dentro de alguns anos. Entendo ser necessário mudar essa cultura assistencialista para que se torne conquista da cidadania, esta sim modificadora e integradora.
Contudo, parece que a educação naquele país é de alta qualidade. E, nacionalistas, praticamente todos os venezuelanos são contra o imperialismo.
Os preços em Caracas são um verdadeiro absurdo. Por isso tem que fazer com que a troca de dólares por bolívares não fique aquém dos 8 ou 9 por um. Se for a um câmbio oficial, lhe oferecerão apenas 4,30 por dólar. Se aceitar esse valor, achará Caracas a cidade mais cara de todo o mundo conhecido em todo o Universo.
O que é realmente barato em Caracas? Com certeza o metrô. O resto depende dos seus gostos e do seu bolso.