segunda-feira, 25 de março de 2013

CUBA - PARTE III


Cuba – Parte III

Para quem está acostumado a pechinchar, uma dica: como a maioria das lojas é do Estado, o preço é fixo e não adianta tentar regatear. Você somente conseguirá discutir preços com os insistentes vendedores de charutos espalhados por toda a Cuba. Uma caixa de charutos pode sair de 100 dólares a 30 dólares para turistas com os vendedores que se escondem no meio da população. O problema, no entanto, estará em sair do país com este produto, pois o governo fiscaliza a saída ilegal de charutos. E charutos mais baratos que nas fábricas são vendidos ilegalmente e a preços infinitamente inferiores ao de loja pelos vendedores para lá de chatos, permita-me a sinceridade.

Havana é uma cidade que reúne avenidas largas e alguns prédios lindíssimos e muitos outros em situação deplorável, que nos faz lembrar dos cortiços decadentes das grandes cidades.

Tome cuidado com a sua carteira e os demais pertences, principalmente câmeras. Embora sejam raras as subtrações a mão armada (roubos), os furtos são muito comuns e são praticados de diversas formas, seja pressionando a vítima, para que não perceba que estão mexendo em seus pertences, seja ainda com a velha e já batida forma da “mão leve”.

Para quem precisar dos serviços policiais, é necessário muita paciência já que a burocracia e a falta de boa vontade parece predominar. Salvo um ou outro policial, a maioria pensa estar fazendo um favor àquele que a procura, seja nacional ou estrangeiro.

Porém, há algumas coisas que chocam em Cuba. Uma delas são os ônibus lotados para os trabalhadores cubanos. Quem pensava encontrar isso em uma ilha Socialista? Outra são as lojas de grife para estrangeiros, misturadas aos cafés e lojas simples destinadas a turistas e cubanos. Em um país com uma situação econômica delicada, como Cuba, a destinação de lojas a uma elite, no caso estrangeiros, soa aviltante. E há muita prostituição, seja nas esquinas de grandes avenidas, seja nas ruas das cidades do país. Cuidado. Ao lado da moça de trabalho que não julgo nada fácil, sempre haverá um sujeito que cuidará da segurança dela. Andando pelo Malecon, você ouvirá diversas cantadas, a maioria delas voltadas a um programa e não a uma mera paquera.

Não estranhe. Museus, cinemas e ônibus são cobrados de cidadãos locais e de turistas. Nada é de graça para os cubanos. Nem os remédios. Sim, embora o atendimento hospitalar seja gratuito (salvo se for em clínica particular, já existente na ilha), os remédios são cobrados dos cidadãos, a um preço ínfimo. Já os medicamentos mais caros, para algumas doenças específicas, são fornecidos gratuitamente pelo governo.

Acredite, ouvi de diversos cubanos que o salário de um médico equivale a 27 dólares ao mês. Ou seja, o equivalente a 90 centavos de dólar ou R$ 1,80 ao dia.

E não estranhe se pedirem para lhe darem um beijo. Muitos cubanos pensam que os outros países são um paraíso e fazem de tudo para arranjar um casamento. Para quem está encalhado, visitar a ilha pode ser, digamos assim, uma bela terapia.

As mulheres cubanas são um negócio a parte. São mulheres de atitude, mas com um gênio nada fácil. Sinceramente, não gostaria de ser cubano. Acho que as brasileiras, por incrível que pareça, são um doce perto dessas geniosas caribenhas, lindas, por sinal.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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