Tomo a liberdade de nesse ano não escrever sobre o Natal, já que tenho amigos que não são cristãos. Dessa vez escreverei sobre o Ano Novo. Na verdade tomo a liberdade de transcrever um texto sobre tal data.
Um dos maiores escritores da atualidade, o uruguaio Eduardo Galeano, assim escreve sobre o dia 1º de janeiro, conhecido como aquele que dá início ao Ano Novo:
“Hoje não é o primeiro dia do ano para os maias, os judeus, os árabes, os chineses e outros muitos habitantes deste mundo.
A data foi inventada por Roma, a Roma imperial, e abençoada pela Roma vaticana, e acaba sendo um exagero dizer que a humanidade inteira celebra esse cruzar da fronteira dos anos.
Mas uma coisa, sim, é preciso reconhecer: o tempo é bastante amável com a gente, seus passageiros fugazes, e nos dá permissão para crer que hoje pode ser o primeiro dos dias, e para querer que seja alegre como as cores de uma quitanda.”