Me causa espanto como muitos membros da classe jurídica são de direita ou de extrema direita e como poucos têm uma preocupação com as questões sociais e a própria democracia. É algo aviltante a qualquer membro da sociedade.
Advogado deve ser o primeiro militante dos direitos civis, políticos e humanos. Afinal, estudou para isso.
É certo que o direito lida com o "status quo" e há um certo glamour em alguns ramos da advocacia pública e privada, mas não se pode esquecer de que por trás de qualquer causa há não apenas uma pessoa, mas toda uma coletividade que depende de uma interpretação que se dá a um caso concreto. E é por isso que a responsabilidade social do exercício da função jurídica é extrema e por isso não se pode admitir posicionamentos extremados e direitistas, quase fascistas.
Infelizmente essa é a realidade nua e crua, e num país pobre, onde a cidadania está distante para a maior parte da população. Já passamos da hora de mudança e não me parece haver perspectiva de modificação fática sequer a médio prazo.
Cabe às faculdades dar um ensinamento mais humanista e aos meios de informação apresentar notícias com viés democrático e real, sem o jogo de manipulação fascista a que muitos meios de comunicação têm aderido.