Adora se mostrar sorrindo ou demonstrar que viajou recentemente para algum país que julga ser repleto de glamour. É a geração “bem na foto”.
Adora se exibir dirigindo um carro bonito e, de preferência, caríssimo, bem como estar acompanhado de uma pessoa bem vestida e também sorridente. Sorriso é o que importa. É a geração “Kolynos”.
Esse mesmo ser humano adora usar roupas de marca e fazer com que as pessoas percebam isso. É a geração “etiqueta”, mas nada a ver com bons modos.
Sem dúvida alguma, essa pessoa de hoje gosta de deixar parte das tatuagens à mostra, fazendo crer que não pretendia isso. É a geração “exposição extremada” ou “big brother”.
Também gosta de usar as pessoas, ficar aqui e ali, afinal, tudo se consome, até a pretensa sensação de prazer. É a geração “fast people”.
É a geração que gosta de se mostrar intelectual, repetindo frases de revistas, sem nunca ter lido um livro sobre filosofia, geopolítica, história e humanidades. É a geração do “repita sem ler”.
É a turma do faz de conta. Aquela que, embora não use o transporte público, consuma refrigerantes em embalagens descartáveis e compre excessivamente, gosta de passar a imagem de preocupação com o meio-ambiente, principalmente com o uso excessivo de sacolas plásticas, desperdício de água... É a geração do “marketing” pessoal.
Adora passar a imagem de que se preocupa com a natureza, o desmatamento e a morte dos bichos, mas que paga alto por animais de estimação, sem preocupação e sem pensar em adotar o seu cachorro ou gato. É a geração “que compra a felicidade”.
Essa turma é a que põe silicone nos seios, nas nádegas, nos lábios, na face, nas pernas, mas nem imagina fazer crescer a agilidade dos seus neurônios. É a geração “narcísica.
Não vivemos no iluminismo ou renascentismo, mas na idade média. Sim, idade média. Na idade média de um ano de idade mental, zero espiritual e ainda relativamente crescida fisicamente. Geração “sem lembranças” (principalmente as boas).