Às vezes falo besteira impensadamente. Se pensasse, muitas vezes optaria por ficar quieto. Ninguém merece falar algo que logo de cara faz todo mundo rir. O legal, mesmo, é ver as pessoas pensarem e depois rirem, num claro sinal de que acharam a piada ou a conversa ao mesmo tempo inteligente e divertida. Quando riem logo de cara é sinal de que nos acharam bobos e o que dissemos também... Ai, ai...
Bem, não faz muito tempo, saí com um grupo de amigos queridos e fomos beber. Eu não bebo quase nada, mas dois chopps foram os responsáveis pelo meu estado para lá de Bagdá. Aliás, o da Madre Tereza também. O que a Santa Madre tem a ver com a conversa? Tudo... Infelizmente...
Enquanto muitos falavam de uma tal receita de brigadeiro, optei fugir da conversa engordativa e comecei a conversar com uma amiga sobre jornalismo e uma idéia bem antiga que tinha. Enquanto falava, via os olhinhos dela brilharem, até que ela disse: "Cyro, a sua idéia é o máximo. Você está invertendo a ordem das coisas. Você planeja vender jornalismo através da publicidade e não o contrário. É o máximo, usando o capitalismo para alcançar o social... Só terá um problema, e grande: convencer os publicitários de que há mercado para isso". Logo eu perguntei: Está me achando uma alma caridosa? E ela respondeu: caridosíssima... Eu emendei: Uma Madre Tereza de Bagdá? Sim, Bagdá. Foi o meu auge de Magdo. E ela riu muito... Não aguentei e logo emendei: Uma Madre Tereza tão boazinha que é suicida, que nem esse meu projeto... E nós dois rimos...
Na despedida, soltei outra: Só não vou falar mais da Madre Tereza de Paquetá na sua frente... Sim, Paquetá... Como sou anta misturada com Magda, pensei. E ela gargalhou... Que máximo, disse. Complementei: É uma Madre Tereza internacional... Sim, a Madre Tereza tem as suas versões locais...
Haja paciência de Madre Tereza de Calcutá...