Você pode inventar fatos a respeito dos outros, que um dia se evidenciarão inverdades. E a criadora ou o criador dessas frágeis alegações se tornará o que sempre foi: um ser voltado à fantasia, fugitivo da realidade e das verdades que lhe incomodam.
Já fui vítima de mentiras alardeadas aos quatro cantos indistintamente. Aliás, poucos não o foram. Para que as pessoas fazem isso? Digamos que seja por um grande interesse. O mais evidente é o para manter a relação de poder. De poder com a família, de poder com o trabalho e de poder acreditar que se é uma boa pessoa. Tudo evidentemente baseado na mentira. A verdade retiraria a credibilidade e, consequentemente, o poder.
Que a mentira corroi os alicerces da moral, da integridade e do caráter, todos já sabemos. Porém, a mentira pode prorrogar algumas vantagens e é justamente isso o que os criadores delas não querem perder.
Mas hoje é o dia dos mentirosos. Então, um lembrete àqueles que mentiram e pensam que não sabemos: curtam o seu dia. Se nada fizemos contra é porque quisemos que a mentira contada pudesse tornar a história dos seus contadores um pouco menos doentia e amenizasse o sofrimento da incapacidade de ser autêntico.
Afinal, quando se sabe que há mentiras, há duas soluções possíveis,uma é ir para o confronto direto com o contador de inverdades, e segunda é acreditar que a mentira é fruto de uma incapacidade, do seu emissor, de lidar com fatos reais possível e invariavelmente prejudiciais. Dá pena e é melhor ter esse sentimento à raiva.