A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte, conhecida como NATO em inglês e até em Portugal, tem caráter meramente militar e surgiu em 1949 durante a Guerra Fria que polarizava o mundo entre o grupo ligado à União Soviética e o grupo ligado aos Estados Unidos, visando deter o avanço comunista. Envolvia cooperação estratégica e também auxílio mútuo em caso de ataque a qualquer dos seus países-membros.
Hoje, compõem a aliança os seguintes países: Albânia, Alemanha, Bélgica, Canadá, Croácia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal, Reino Unido, Turquia, Hungria, Polónia, República Checa, Bulgária, Estónia, Letónia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e a Eslovénia. A Rússia não é membro da OTAN, mas desde 2002 reúne-se como parceira do organismo. E pensar que a organização foi criada para combater a antiga União Soviética! E alguns países do norte da África, como Argélia, Tunísia, Egito, Marrocos, Mauritânia, são considerados parceiros, além da Jordânia e Israel.
A OTAN não alcança mais apenas o Atlântico Norte, a Europa e o Norte da América. Vai Além, chegando à África, ao Oriente Médio e à própria Ásia, onde também mantém parcerias. É um bloco militar poderosíssimo.
Na invasão ao Iraque e ao Afeganistão a OTAN estava presente. Na recente invasão à Líbia a OTAN também comanda as operações de guerra.
A China e a Rússia sentem-se cada vez mais cercadas, e não apenas por bases estadunidenses, mas por regiões invadidas pela OTAN ou pelos Estados Unidos. Uma invasão ao Irã acenderia o alerta máximo para a Rússia e para a China que não deixariam haver qualquer invasão territorial do país persa.
Como os BRICSs não fazem parte da OTAN (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), muitos intelectuais têm entendido que a intenção de um bloco tão poderoso visa barrar o avanço econômico principalmente da China e da Rússia, garantindo o acesso aos países ricos às fontes energéticas.
Assim, nunca é demais alertar para a possibilidade de que a OTAN venha a liderar as futuras invasões e guerras pelo mundo afora, tudo com o objetivo econômico e militar de manter a liderança.