segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A revolução chinesa

Por Ari de Oliveira Zenha
(parte inicial do texto)

"Lutemos para fazer com que as pessoas pensem, e não apenas para convencê-las".
Georges Braque

A era Mao Zedong não foi um caos e mesmo retrocesso para a sociedade chinesa como muitos pensam notadamente os ideólogos do capitalismo Ocidental, sua grande imprensa e os atuais burocratas vermelhos do Partido-Estado da China.

Entre 1952 e 1978, período em que Mao teve forte influência na sociedade chinesa, tanto na economia, na política e no aspecto ideológico, a sociedade chinesa obteve resultados importantes. Nesse período o PIB (Produto Interno Bruto) aumentou em 6,2% ao ano; a indústria teve forte aumento, 9,4% ao ano; os serviços cresceram a taxas de 4,5% ao ano; em relação à agricultura o seu crescimento foi de 3,4% ao ano.

A oferta de energia aumentou 36 vezes, a produção de carvão passou de 66 para 618 milhões de toneladas e a de aço aumentou de 1– um - milhão para 32 milhões de toneladas, a produção agrícola apesar dos vários contratempos, entre 1952 e 1978, aumentou de 160 para 280 milhões de toneladas de cereais.

Em relação ao comércio internacional, a China, tinha pequena participação, como mostra a Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2003; em termos percentuais, as exportações, nos anos de 1948, foram de 0,9%, em 1953 de 1,2%, em 1963, de 1,3% e, em 1973 de 1,0%. As importações obtiveram os seguintes percentuais; em 1948 de 1,1%, em 1953 de 1,7%, em 1963 de 0,9% e em 1973 de 1,1%.

François Godement é extremamente crítico ao período maoísta. Ele se apóia para criticar este período, em dados polêmicos que só foram divulgados em 1980, no apogeu das denúncias que Deng Xiaoping fez contra Mao Zedong, quando anunciou as tão propaladas reformas econômicas. Segundo Godement, a taxa de acumulação de capital foi de 43%, em 1957 e manteve-se em aproximadamente em 30% na década de 1970. A indústria pesada atraiu e concentrou 76% - 77% - dos investimentos entre 1954 e 1977. O desenvolvimento industrial e urbano teria sido financiado pelo campo, através da subavaliação dos preços agrícolas. Também teria havido uma estagnação dos salários, mantidos sem aumento do seu poder aquisitivo de 1957 a 1978. Deng divulgou várias estatísticas econômicas do período Mao, no intuito de jogar uma pá de cal sobre o legado maoísta, que Deng utilizou como herança da incapacidade das políticas de Mao para com a China, o que ele chamou de paralisia maoísta. “(...) As propostas de Deng, baseavam-se em incentivos materiais, busca de eficiência econômica e desenvolvimento com destaque ao comércio externo.”

Devemos salientar que elas ocorreram em um país atrasado com imensa população, com área agriculturável limitada e em meio a fortes convulsões políticas. Não negando estes fatos, a igualdade estava alicerçada em condições de vida modestas contando com um crescimento do consumo limitado durante o período maoísta. É dessa época o processo de construção dos direitos sociais dos trabalhadores, em que cada empresa assumia a responsabilidade pela aposentadoria, pensões, assistência à saúde, educação e habitação. Por outro lado cada comuna popular tinha obrigação de viabilizar as mínimas condições de vida das massas trabalhadoras.

Em 1976 a grande maioria dos chineses, pela primeira vez na história da China, possuía recursos sociais, embora modestos, como: alimento, moradia, roupa, educação primária e assistência médica básica.

O consumo de alimentos, em termos de calorias, estava acima da média dos países do Terceiro Mundo. A expectativa de vida passou de 35 anos para 68 anos em 1982, o número de chineses matriculados nas escolas primárias foi multiplicado por seis.

Com relação à condição das mulheres que, pela tradição cultural da China estavam submetidas a uma brutal condição de inferioridade, submissão e humilhação, houve avanços nas melhorias destas condições sociais femininas, embora ainda persistam graves problemas de discriminação até hoje.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



Postagens populares

__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
NOTÍCIAS, OPINIÕES, ARTIGOS E MEROS ESCRITOS, POR CYRO SAADEH
um blog cheio de prosa e com muitos pingos nos "is"

___________________________________________________________________________________