sábado, 5 de fevereiro de 2011

A DOENÇA DA HUMANIDADE

Muitos olham com as vistas que pensam que têm. Não olham com as vistas que possuem, mas com as que imaginam. Não veem, apenas se iludem. Dessas ilusões tiram conclusões, escrevem histórias e fazem julgamentos. Comete-se erros em cima de erros, apagando a verdade.

O ser humano, ao longo de sua existência, tem praticado equívocos. Hoje, muitos nos são evidentes, como a inquisição, as cruzadas, a escravidão, o nazismo, o apartheid, graças à relativa sensatez que tivemos em alguns instantes, poucos instantes.

Não se pode esquecer que para a maioria dos cristãos, nos idos de 1200 e 1300, as cruzadas eram legítimas e imprescindíveis. Para muitos católicos, a inquisição era uma forma de aprimorar a fé. Para grande parte da população das Américas e da Europa, a escravidão de africanos era algo comum, já que eles não passavam de objetos e, por isso, podiam ser comercializados. Muitos alemães e alguns cidadãos do mundo afora criam na suposta “razão” das políticas e ações nazistas, com a eugenia e a discriminação. O apartheid, até pouco tempo, era considerado absolutamente “normal”. Até anos atrás, as mulheres não votavam e ainda necessitavam da autorização do marido para alguns atos da vida civil, os adolescentes eram tratados como objetos pela Justiça, os analfabetos não podiam votar. Até hoje absurdos ocorrem, graças à nossa cegueira.

Hoje, discriminam-se muçulmanos, árabes, africanos e latino-americanos pelo mundo afora. Aqui dentro o preconceito prepondera em relação aos nordestinos, negros e aos favelados, justamente os mais desassistidos e os que sofreram as maiores agruras e injustiças.

Não somos infalíveis, muito ao contrário. Somos frágeis e não nos fortalecemos da forma adequada. Pensamos no corpo e nos prazeres materiais e esquecemo-nos dos aprimoramentos intelectual e espiritual, simplesmente porque o nosso olhar é equivocado.

Temos o pior tipo de olhar, o sádico, que reflete a nossa doença. Não temos consciência do mal que nos acomete, mas os sintomas nos dão prazer. Buscamos a qualquer preço o poder, o prazer disfarçado em ver os outros seres ou grupos como inferiores. Nos vangloriamos das guerras e das mortes causadas. Queremos dinheiro, objetos de sedução, terras, status. O poder não corrompe, destrói. Nessa sociedade, a desgraça alheia nos faz crescer. O consumismo nos distingue. As muralhas nos separam. Vivemos pelo prazer em nos sentir acima de outros seres. Não nos esqueçamos que o fascismo, o nazismo e outros tipos de segregação sempre estarão presentes, bem como as guerras, sempre injustas. Cabe a nós evitar esse mal, o pior, do sadismo humano.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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