sábado, 15 de janeiro de 2011

BRASIL, RIO E SÃO PAULO EM LÁGRIMAS

Vivemos em um período difícil, de tristeza geral e de sentimento de que deixamos de fazer algo que era necessário, enquanto comemorávamos tanto a nova entrada de ano, quanto o crescimento econômico brasileiro.

Na verdade, como brasileiros, vivemos de ilusão e sofremos com a realidade.

O Brasil não vive um crescimento econômico tão estrondoso como apregoam. É certo que a nossa economia avança, mas crescemos muito menos que a Índia e a China, potências nucleares e que investem pesado em tecnologia e pesquisas científicas. Já o Brasil, anda atrasado nas lições de casa. Tem uma educação pública nos ensinos básico e médio de causar vergonha e ainda investe muito pouco em pesquisas científicas. Temos uma força armada equipada com equipamentos praticamente obsoletos e insuficientes. Não detemos a tecnologia nuclear para artefatos bélicos, o que permitiria um poder de defesa, de dissuasão,  numa eventual ameaça de agressão. A China, a Índia, os Estados Unidos, a França, a Inglaterra e a Rússia, economias importantíssimas possuem artefatos e submarinos nucleares (enquanto não houver a eliminação das armas nucleares em todo o planeta - que eu espero que ocorra em breve, continuará a ser injusto que o acesso a essas armas seja reduzido a meia dúcia de escolhidos), além de mísseis balísticos e satélites espiões pelo mundo afora. Eles podem proteger suas riquezas minerais, seus interesses e, o que é mais importante, a sua população. O Brasil? Ah, vivemos de sonho. Não investimos em tecnologia nem em ensino, mas achamos que cresceremos com o capital estrangeiro especulativo.

Mas o pior é saber que não investimos na segurança das pessoas. Nesses últimos dias estamos vivenciando uma catástrofe sem precedentes. Mais de 700 brasileiros já foram vitimados por conta dessas enchentes e deslizamentos do mês de janeiro. Só na região serrana de Teresópolis já foram 600 mortos até agora! Uma história de terceiro mundo, como éramos até poucos meses atrás.

Em várias cidades, as pessoas não têm telefonia nem água, nem o que comer.

E pensar que era possível evitar tantas mortes. Tivemos acesso às imagens dos satélites estadunidenses que nos avisavam de uma formação perigosa de nuvens carregadas. Era sinal de chuva forte. A catástrofe se avizinhava. Porém, para evitar isso, precisávamos de um serviço eficiente de Defesa Civil, com as prefeituras atuando com eficácia, os Estados centralizando os meios de comunicação e a União financiando grande parte desse investimento. As prefeituras deveriam atuar principalmente com formações de grupos de cidadãos, devidamente orientados e treinados, responsáveis por informar as pessoas do risco que corriam. Enquanto isso, o Estado forneceria helicópteros, jipes, caminhões, bombeiros e equipes de sua Defesa Civil para ajudar na evacuação preventiva. A União se incumbiria de se preparar e já encaminhar grupos de sua Defesa Civil para colaborar com os Estados que estavam em alerta.

Esse tipo de investimento é significativo, mas depende mais de coordenação do que dinheiro propriamente dito. Grupos de pessoas para trabalhar na Defesa Civil já existem. Na maior parte, são oriundos dos Corpos de Bombeiros, mas nada impede que o Estado utilize parte dos seus funcionários públicos das áreas da saúde e segurança para integrar e ajudar.

O Brasil errou, e feio! A presidenta Dilma Roussef tem agora a chance de deixar uma grande marca, a da organização e qualificação de pessoas para tratar de prevenção às catástrofes. E, como sabemos, de organização e de formação de equipes, ela entende. Esperamos que ela tenha sorte, assim como todos os governadores que acabaram de assumir ou reassumir seus cargos. Mas não basta sorte. É necessário interesse e ação.

O Brasil precisa superar essa falha inadmissível de não prevenir acidentes e não ter organização para enfrentar catástrofes previsíveis ou não. Está na hora de o Brasil escrever a sua história com orgulho. Com orgulho de defender o seu povo e de se preocupar com as pessoas e não só em politicagem e grandes obras como aprendemos com os coronéis e demagogos de plantão.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



Postagens populares

__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
NOTÍCIAS, OPINIÕES, ARTIGOS E MEROS ESCRITOS, POR CYRO SAADEH
um blog cheio de prosa e com muitos pingos nos "is"

___________________________________________________________________________________