quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL

desenho: BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL                                 Um mundo a ser explorado


Mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos, com explicações em sete idiomas. A Biblioteca Digital Mundial (BDM) pode ser, há quase um ano, acessada de qualquer computador, em qualquer lugar do mundo e dá fácil acesso a joias e relíquias culturais de bibliotecas de todo o planeta. O projeto foi impulsionado pela UNESCO e outras 32 instituições e lançado em abril de 2009. O endereço do site é www.wdl.org, o acesso é gratuito e os usuários não precisam se registrar.

A BDM, está dividida em nove zonas geográficas e culturais. Para os amantes e estudiosos da cultura árabe vale conferir as preciosidades na seção “África Setentrional e Oriente Médio”, com 177 itens referentes ao Iraque, Egito, Arábia Saudita, Israel, Iêmen, Omã, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Kwait e Catar. Os materiais são provenientes de diversas bibliotecas do mundo, entre elas a Biblioteca do Congresso, Biblioteca de Alexandria, Biblioteca Nacional e Arquivos do Egito, Biblioteca e Arquivos Nacionais do Iraque, Fundação Catar - Biblioteca Central - Coleção Patrimonial, Biblioteca Nacional de Israel, Biblioteca Nacional da Rússia, Biblioteca Universitária de Bratislava, Associação Tetouan-Asmir e Biblioteca da Universidade de Yale.

Entre os documentos mais antigos da BDM, há alguns códices precolombianos e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei da Espanha, em 1562. Os tesouros incluem o Hyakumanto darani, um documento em japonês publicado no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história; um relato dos aztecas, que contém a primeira menção do Menino Jesus no Novo Mundo; trabalhos de cientistas árabes desvelando o mistério da álgebra; ossos utilizados como oráculos: esteiras chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia.

Fácil de navegar:

Cada jóia da cultura universal aparece acompanhada de uma breve explicação do seu conteúdo e seu significado. Os documentos foram passados por scanners e incorporados no seu idioma original, mas as explicações aparecem em sete línguas, entre elas português. A biblioteca começou com 1.200 documentos, mas foi pensada para receber um número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e ilustrações.

Além de o internauta poder orientar a sua busca por zonas geográficas também pode fazê-lo por épocas, tipo de documento e instituição. Além do português, os outros seis idiomas disponíveis são: árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol. Com um simples clique, podem-se passar as páginas de um livro, aproximar ou afastar os textos e movê-los em todos os sentidos. A excelente definição das imagens permite uma leitura cômoda e minuciosa.

A imagem desta matéria foi retirada de um documento da BDM, a revista iraquiana Layla, Edição 5, de 15 de fevereiro de 1924. Este foi o primeiro periódico para mulheres a ser publicado no Iraque. Lançada em 1923, a revista abordava assuntos novos e úteis relacionados a ciência, artes, literatura, sociologia, em particular a educação de filhos, e das meninas, saúde da família, e outros assuntos relativos a economia doméstica. O estabelecimento de um governo nacional no Iraque foi seguida pela emergência de várias revistas e jornais que abordaram assuntos ligados à mulher.

Layla marcou o início da imprensa feminina no Iraque, e a revista é tida como um dos fatores da emergência do movimento das mulheres árabes. Publicada sob o lema, "A Caminho do Revival da Mulher Iraquiana," a revista disseminou notícias sobre cultura, educação, e assuntos de família, bem como liderou uma campanha pela libertação da mulher. Entre as suas colunas destacaram-se: "O Cadinho de Direito," "Notícias sobre Impostos," "O Cantinho da Dona de Casa," "Notícias Estranhas," "Anéis de Magia," e outros.

A revista se mostrava preocupada com pesquisas médicas, literatura, e poesia, e trouxe obras de poetas Iraquianos famosos como al-Rasafi e al-Zahawi. Um dos artigos mais importantes que foi publicado na revista foi um editorial, impresso na edição de número 6 de 15 de Maio de 1924, dirigida à assembléia constituinte Iraquiana, reivindicando que fossem concedidos direitos às mulheres. Layla publicou apenas 20 edições. Sua última, de 15 de Agosto de 1925, incluia um artigo triste que explicava aos seus leitores as dificuldades financeiras da revista. Logo depois, a proprietária Paulina Hassou saiu do Iraque e a revista encerrou suas atividades.

Mais informações sobre a revista:
Editora: Hassoun, Paulina
Publicação Informação: Impresso na Modern Printing Company, de propriedade de Hassoun Murad e Companhia, Bagdá, Iraque.
Instituição: Biblioteca e Arquivos Nacionais do Iraque

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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