Nesse mundo pasteurizado e globalizado, onde as pessoas tendem a tornar-se mais assemelhadas, não importando tanto as tradições culturais ou étnicas, tampouco o canto em que residam, há indivíduos que surpreendem pelo seu caráter, idealismo, inteligência e obstinação. Mas esse não é o caso do pastor protestante Terry Jones (foto), líder de uma Igreja na Flórida, Estados Unidos, que tem ao todo 50 ardorosos fiéis, e que entre nós, pode ser chamado de "im-be-cil". Sim, separei as sílabas para dar a impressão da palavra ter sido dita vagarosamente.
E, calma, não estou precisando de água com açúcar. Não estou nervoso. Fiz apenas uma constatação. Veja abaixo.
Esse senhor Terry deseja queimar cópias do Alcoorão, a Bíblia Sagrada dos irmãos Muçulmanos, em “razão” dos ataques havidos no dia 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. Nove anos após os fatos dolorosos ao povo estadunidense, vem um “líder” religioso perante a mídia pedir “vingança”. Absurdo? O fato é que muitos líderes religiosos - de quase todas as religiões - parecem estar recebendo a visita do anticristo que visa pregar a luta entre os irmãos. Esse é apenas mais um deles. Parece-nos inconcebível que o ódio seja uma palavra de ordem proclamada pelos líderes de Fé.
Inicialmente, tenho que relembrar que eu tenho sérias dúvidas sobre a articulação desse ataque terrorista. Já expus os meus motivos neste blog. Porém, ainda que a barbaridade tenha sido organizada por meia dúzia de radicais islâmicos de uma organização chamada Al Qaeda, isso não justifica uma provocação dessa ordem.
Queimar os livros Sagrados de qualquer Religião é pedir um confronto certo. Espero que os mais de 1 bilhão de muçulmanos percebam que a queima de um livro não significa a morte de uma fé. Há uma grande diferença envolvida. Espero, assim como boa parcela da humanidade de todas as Religiões, que a reação dos irmãos muçulmanos seja menos emotiva e mais racional, diferenciando os ocidentais desse bárbaro que se diz pregador de uma Igreja e o ato de queimar um livro do ato quase que impossível de se tentar apagar a fé.
Esse senhor, que com o seu pequeno bigode tenta lembrar o visual do mais famoso militar americano - o Coronel Custer (foto ao lado), comandante da Sétima Cavalaria-, afronta os princípios e interesses do seu próprio país. A última coisa que os Estados Unidos precisam, hoje, é envolver-se em um episódio gratuito de confronto, pois vivenciam uma crise econômica e de poder sem precedentes em sua história.
Que a salvação esteja a caminho, seja através da Sétima Cavalaria, seja através do bom senso dos Justos e dos Injustos.