A agência de notícias espanhola EFE traz denúncias de que os soldados israelenses que invadiram o Mavi Mármara, principal barco da frota da solidariedade, tinham em mãos fotos e nomes de 16 pessoas a serem assassinadas. Uma delas seria Raid Salah, um dos líderes do Movimento Islâmico de Israel. Outra era Bülent Yildirim, presidente da ONG turca IHH, organizadora do ato de solidariedade com o povo da faixa de Gaza. Também figuram Ahmet Emin Dag, membro da ONG, o arcebispo católico Hilarion Capucci e vários outros cidadãos europeus que integravam o "Free Gaza Movement".
Trata-se de terrorismo dos integrantes do "Free Gaza Movement" ou de puro assassinato premeditado, e executado erroneamente, pelo governo de Israel?
A inteligência israelense não é mais a mesma. O tão famoso Mossad demonstra que não tem mais a velha astúcia. Tentou frustrar a saída os barcos rumo a Gaza e não conseguiu executar uma simples tarefa com o êxito esperado. A inteligência do exército (IDF) também demonstra estar retraída, pois não matou os integrantes que pretendia, mas pessoas assemelhadas. Para um exército que investe bilhões de dólares anuais em preparo militar e tecnologia, isso parece soar como puro desperdício de dinheiro.
O governo de direita israelense está decadente. Perdeu a guerra para o Hezbollah libanês; mesmo matando milhares de civis, em 2009, não tirou o Hamas do poder da faixa de Gaza; tem executado erroneamente os atos de terrorismo de Estado que planeja; e ainda consegue isolar-se do mundo Ocidental que tanto o apoiou por décadas, desde a sua criação.
Esse governo de extrema direita israelense planeja exterminar os Palestinos, e parece ter chegado perto do seu objetivo, mas conseguiu mais. Está próximo de auto-exterminar a sobrevivência de seu próprio Estado.
Portanto, a pergunta que não pode deixar de ser feita, a quem interessa esse governo de extrema-direita israelense, a não ser a um grupo de sionistas de extrema-direita e a alguns religiosos conservadores?