terça-feira, 1 de junho de 2010

OBAMA E A DECISÃO DIFÍCIL DE TOMAR

Cyro Saadeh*

foto: internet
Obama, que sempre foi mais esquerdista que a Sra. Clinton, encontra-se sufocado pela política externa dos Estados Unidos. Como todos sabem, quem comanda as relações exteriores do governo estadunidense é a Sra. Hillary Clinton, ligada a grandes e poderosos lobbies.
Obama, sem dúvida alguma, está numa sinuca de bico, como se diz numa linguagem popular. Está sem saída. Não apenas encontrou um Estados Unidos mais pobre, envolvido em guerras desnecessárias, como amargou o enfrentamento de questões vitais, como a criação de emprego e a saúde pública. No campo externo, além das guerras, porém, ele enfrenta alguns insucessos.
Bem que o primeiro presidente negro dos Estados Unidos tentou uma aproximação com o Oriente Médio e o mundo muçulmano, mas não tem conseguido êxito. Um grande entrave é o governo extremista de Israel, que só tem criado confusão. Primeiramente com a inauguração de colônias em território palestino justamente quando o vice-presidente estadunidense estava em Israel para discutir o processo de paz. Depois com as declarações racistas e preconceituosas do primeiro-ministro que já pisou em solo brasileiro. O nome? Me recuso a dizer, pois sequer pretendo lembrar de alguém que utiliza o mesmo método daqueles que exterminaram os judeus na segunda guerra mundial. Agora, com o ataque a barcos e assassinato de dezena de pessoas que pretendiam levar mantimentos, ajuda humanitária, ao sofrido povo de Gaza.
Foi revelado agora que Israel, além de possuir 200 ogivas nucleares, tentou vender armamento nuclear ao governo racista do Apartheid da África do Sul dos anos 70.
Truculência, ódio, autoritarismo e falta de razão tem dominado esse governo de direita de Israel. E ainda falam do Irã e do seu presidente.
Obama pode virar o jogo se quiser e tiver coragem ou continuar a minar o poderio externo estadunidense por força do lobby poderoso dos sionistas. Os Estados Unidos estão afundando por conta, principalmente, do seu parceiro israelense.
Ou o governo Obama dá uma cartada, joga forte e arrisca, pressionando Israel a devolver os territórios palestino, libanês e sírio ocupados, forçando-o a participar do tratado de não proliferação de armas atômicas e também se submeter às inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica, assim como o Irã, ou em menos de 5 anos todo o poderio geopolítico estadunidense estará totalmente minado e China, Rússia e Brasil ocuparão por completo o papel até hoje ocupado hegemonicamente pelos Estados Unidos.
Um parceiro que foi precioso na guerra fria, hoje está criando obstáculos aos próprios interesses estadunidenses interna e externamente. Além disso, a crise econômica e a decadência estão minando os poucos esforços do governo democrata.
Está na hora do governo americano reagir ou irá sedimentar para sempre uma posição cada vez mais inconveniente, desacertada e significativamente menos forte e influente. No fundo, acho que não é isso o que o governo e o povo dos Estados Unidos pretendem. Cabe ao Sr. Obama decidir. Ou fica como está, cedendo aos lobbies, ou age em prol dos interesses estratégicos e econômicos dos próprios americanos.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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