quarta-feira, 19 de maio de 2010

O MUNDO MUDOU?

Causa ceticismo não o acordo travado entre Brasil, Turquia e o Irã, mas a posição estadunidense a respeito da questão. Pensava, particularmente, que o mundo estava mudando. Acho que o mundo pode querer mudar, mas os donos do poder não permitirão tão facilmente.
Imagino que os EUA sentiram minar o seu poder de liderança com essa atitude ousada de dois países emergentes (Brasil e Turquia) e daí visaram desacreditar todo o esforço diplomático envolvido e aplaudido pela imprensa internacional tradicional e também por aquela posicionada mais à esquerda.
Os EUA não permitem alternativas ao Irã. Agora, os líderes do país persa podem adotar duas atitudes básicas. A primeira é retirar-se da agência de inspeção de energia atômica e caminhar para a ilegalidade, sob o argumento (agora real) de que as forças imperiais (incluindo-se aí não apenas os EUA, mas também os demais membros do Conselho de Segurança da ONU) não permitem a ele a liberdade de atingir a independência na pesquisa da energia atômica para fins pacíficos. Haverá motivo, agora mais do que nunca, inclusive, de obter-se a tecnologia para a produção de armas atômicas, a fim de preservar a segurança e os interesses nacionais daquele país. Outra atitude é ir à Assembléia da ONU e manifestar publicamente a ação ilegal, ilegítima e imoral de agentes anacrônicos do imperialismo.
E ao Brasil e à Turquia? Também irem à Assembléia da ONU e fazerem não um discurso agressivo, mas um detalhamento do que ocorreu e dos esforços engendrados.
Os EUA mudam pouco e não permitem que o mundo se modifique um milímetro rumo ao progresso harmônico. Os governos de extrema direita devem estar eufóricos, assim como as indústrias armamentistas dominadas pelos Estados Unidos, França e Rússia.
Mas faço uma observação. Não ouvi uma só palavra dos governos da França, Rússia e China a respeito da nova rodada de sanções em discussão tão rapidamente divulgada pela Sra Clinton. Será um blefe dos Estados Unidos para adiar uma apreciação mais aprofundada do que foi pactuado pelos 3 países emergentes?

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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