Um dia acho que já fui poeta e revolucionário. Um dia já fui capaz de escrever sobre a linguagem da poesia da seguinte forma: se fosse poeta, poderia dizer sempre que não utilizo a língua nem a forma de linguagem do imperialismo. Não precisaria gritar, falar da forma que pretendem os donos do poder, nem massificar o conteúdo. Preferiria optar pela doçura do incógnito, do dúbio, das palavras que pedem para ser analisadas e que exigem um tempo só para elas.
Quem sabe em um outro dia eu seja capaz de escrever algo mais? Não necessariamente um texto mais poético ou revolucionário, mas que siga essas letras.