sábado, 20 de fevereiro de 2010

BRASIL, UMA POTÊNCIA?

Com o devido respeito, o Brasil está crescendo economicamente e em grau de importância geopolítica, mas está longe, e muito, de se tornar uma potência, o que inclui necessariamente um enorme e forte crescimento nas áreas política, militar e geopolítica.

A China, sem sombra de dúvida, será a grande potência que sucederá os Estados Unidos. A uma certa distância estará a Índia e mais distantes Rússia e Brasil, seguidos pelo Irã, África do Sul, México, Chile...

Digo isso pelos seguintes motivos. Hoje, a China detém tecnologia espacial avançada, possui armas atômicas, possui o maior exército mundial, produz seus próprios aviões de combate e armamentos, bem como submarinos e navios de guerra ou comerciais. Tem mísseis teleguiados capazes de derrubar satélites espiões, inclusive. E tem assento privilegiado e permanente no Conselho de Segurança da ONU. O Brasil pleiteia entrar, mas só conseguiu assentos temporários. A China já é uma potência, o Brasil não.

O Brasil tem muitos analfabetos, tem muitos miseráveis, mas não é só isso. Não investiu e não investe pesadamente na educação. Também não possui armas atômicas, tem um exército reduzido, se comparado proporcionalmente com países fronteiriços, inclusive. O Brasil não produz seus aviões de combate (com exceção aos tucanos e ao EMX, em parceria com a Itália), não produz seus navios de combate nem o submarino nuclear que pretende ter, não tem mísseis capazes de destruir satélites espiões, não conseguiu por si só colocar um astronauta no espaço além-terra, mas mesmo assim sonha com o capital estrangeiro como fonte de enriquecimento.Quanta diferença da China.

Se compararmo-nos com a Índia também estaremos bem atrás. Até da Rússia, que tem assento no Conselho de Segurança da ONU, possui grande arsenal atômico, produz seus aviões comerciais e de combate, inclusive armamentos, navios e tanques de guerra. Tem tecnologia espacial avançada. Tem mísseis capazes de derrubar satélites. O que nos fará ficar à frente da Rússia é que a economia brasileira é mais consolidade e, por incrível que pareça, aqui a corrupção é menor. Além disso, face à posição de tolerância adotada pelos seguidos governos brasileiros, o Brasil é visto como uma pátria interessante e de respeito, o que não acontece com a Rússia, vista sempre sob o prisma de uma nação que busca voltar a ser um grande império.

O que o Brasil precisa fazer com urgência para tornar-se uma potência econômica, militar e geopolítica de respeito, aproximando-se em grau de importância da China e da Índia? Não sou guru nem me julgo dono da verdade. Vou colocar apenas o que me parece óbvio.

Primeiramente investir em educação e não sou só eu que digo isso. Qualquer estudo sério aponta a falta de investimento de educação no Brasil como sendo um dos motivos de não termos voado alto economicamente.

O Brasil precisa fazer parcerias militares estratégicas, inclusive para produção de energia nuclear, não abrindo mão do conhecimento da tecnologia da bomba atômica, ainda que não a produza (como acho que não deve produzir).

É necessário investir pesado não só na educação de base, mas também na educação tecnológica e em pesquisa, favorecendo dessa maneira o desenvolvimento da indústria tecnológica e bélica brasileira.

O investimento maciço em saneamento básico e na construção de moradias populares, além de colaborar na qualidade de vida dos brasileiros mais pobres, diminuirá a miséria e a favelização até hoje persistente.

É necessário também criar uma forma de escoamento mais racional da produção, investindo no tráfego fluvial e marítimo, além das ferrovias, inclusive ligando ao pacífico e à América Central.

Há outras questões também importantíssimas e prioritárias, mas as mencionadas acima são as que considero mais estratégicas, embora todas sejam urgentes.

É, não será fácil sermos potência. Ainda está como projeto de um futuro remoto, embora tenhamos um presidente respeitado e admirado no mundo inteiro. Mas só isso não basta para entrarmos no cenário das potências. Precisamos planejar e investir pesado. O governo federal deu início, mas é só o primeiro passo de milhões que terão que ser dados por este e pelos próximos governantes. Em vinte anos poderemos ser potência, sim, mas se investimos pesado em tudo o que foi dito aqui e em mais aspectos importantes. Se ficarmos felizes com o que a mídia internacional diz: BRIC - potências emergentes, deixaremos de aproveitar este importante e estratégico momento para crescermos e aparecermos e estaremos fadados a sermos potência apenas nos nossos sonhos, uma potência imaginária, que nunca deixará de ser submissa. Acho que não é isso o que queremos e não é isso o que o povo brasileiro de hoje e de amanhã merece.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



Postagens populares

__________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
NOTÍCIAS, OPINIÕES, ARTIGOS E MEROS ESCRITOS, POR CYRO SAADEH
um blog cheio de prosa e com muitos pingos nos "is"

___________________________________________________________________________________