sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

SÃO PEDRO MANDOU SÃO PAULO PARAR

São Paulo sofreu com as chuvas; enchentes; falta de luz; apagão das provedoras de acesso à internet; prejuízo nos lares mais chiques, nos lares das favelas e no comércio.

São Paulo parou!

Não havia mais feira nem circulação de nada. Não havia jornais impressos, nada. Não havia mais perua para a entrega de jornais e revistas. Nem os motoboys circulavam entregando os produtos comprados anteriormente ou as pizzas delivery. Não havia atendente de telemarketing para vender. O veículos não transitavam, mas estacionavam nas avenidas e ruas da cidade. A água tomava conta de outras ruas e avenidas, de estações de metrô e de trem e de bairros inteiros. Nem ônibus e caminhões conseguiam circular. A autoridade máxima do município, o prefeito, não conseguia sair do seu gabinete. E São Paulo estava parada.

Para enfrentar todo esse caos vai aí uma receita simples: leve uma lanterna com pilhas ou duas velas e uma caixa de fósforo, mas não se esqueça de carregar quantos livros puder ler. Ponha tudo numa mochila e delicie-se, seja no trabalho às escuras, em casa, na inamobilidade das ruas, onde quiser.

Enquanto São Paulo descansa, a população delicia-se com a leitura e o ócio.

Talvez São Pedro, aquele que segundo o ditado popular comanda as chuvas, não se contraponha à velocidade e ritmos de produção impostos pela globalização, mas simplesmente creia que chegou a hora dos brasileiros, em especial os paulistas, começarem a aproveitar o ócio para ler.

Um Santo mandou em outro. São Pedro cansou-se da poluição ambiental causada por São Paulo e optou por vingar-se com pequenos dilúvios. São Paulo, cansada de tanta água enviada por São Pedro, optou por parar, descansar, refrescar-se e aproveitar o ócio... E a globalização economica estancou-se, mas as pequenas atividades culturais expandiram-se, propiciando mais cultura e lazer.

Imaginou se São Paulo não parasse por um ou dois dias, mas por meses? Quanta leitura? Quanta cultura?

O mundo, assim, seria outro? Que tal?

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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