Através de cartazes com o desenho ao lado, a ultradireita da Suíça estimulou o preconceito e a discriminação aos muçulmanos, sugerindo que os minaretes nada mais significavam que verdadeiros mísseis implantados no país. Agora os partidos xenófobos e neofascistas da Dinamarca e da Holanda também pretendem encampar a mesma campanha.
O islã, hoje, tornou-se o inimigo imediato dos neofascistas europeus que prosperam em países como Suiça, Dinamarca, Holanda, Áustria, Itália, Alemanha, França e Espanha. Calarmo-nos pode significar a permissão de atos horrendos não só contra uma religião ou um grupo de pessoas, mas a toda a humanidade. Lembrem-se dos atos praticados pelo 3º Reich na Segunda Guerra Mundial e as suas sequelas não só aos judeus, ciganos e comunistas, mas à nossa própria lembrança e história como "seres humanos".
Em comunicado Pillay defendeu que a proibição de qualquer estrutura arquitetônica pertencente ao Islã ou a qualquer outra religião é “claramente uma descriminação horrenda”.
Os eleitores suíços e aprovou a proibição em um referendo realizado no domingo, desafiando o governo eo parlamento, que rejeitou esta iniciativa como uma violação da extrema-direita suíça Constituição e da liberdade religiosa e da tolerância tradicional, que é valorizado pelo país.
“A proibição é discriminatória e pode colocar o país (Suíça) em rota de colisão com as suas obrigações internacionais em matéria de direitos humanos", acrescentou.
A relatora da ONU sobre a liberdade religiosa, Asma Jahangir, também lamentou a proibição na Suíça de construir minaretes nas mesquitas, ou seja, torres no alto dos centros muçulmanos.
"Tenho uma profunda preocupação pelas consequências negativas que possa ter o resultado desta votação na liberdade de religião ou de convicção dos membros da comunidade muçulmana na Suíça", declarou Jahangir.
"Com efeito, a proibição dos minaretes vira uma restrição injustificada da liberdade de manifestar sua religião, e constitui uma discriminação evidente para os muçulmanos da Suíça", completou.
Ela ressaltou que este voto lembra "que nenhuma sociedade está a salvo da intolerância religiosa".
Segundo dados oficiais, 57,5% dos suíços rejeitaram em plebiscito a possibilidade de construir minaretes nas mesquitas.
Os argumentos da ultradireitista UDC, majoritária no Parlamento suíço e presente no Governo colegiado, convenceram 1,53 milhão de eleitores.
Contrário à iniciativa, o Governo obteve o apoio de 1,13 milhão de cidadãos, 42,5% dos eleitores.
O resultado da votação de domingo causou comoção no Governo suíço. A ministra de Assuntos Exteriores, Micheline Calmy-Rey, assegurou que os defensores da iniciativa antimuçulmana realizaram "uma instrumentalização muito bem feita", apelando ao medo e aos preconceitos.
com Al-Arabiya e EFE