Os dois integram o grupo formado pela Organização Mundial da Saúde para servir de referência em ampliação de serviços na área. O Brasil reduziu leitos em hospitais e aumentou o atendimento.
São Paulo – O Brasil e o Egito vão estar em um grupo formado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para servir de referência em serviços de saúde mental. A OMS escolheu dez países que conseguiram ampliar o atendimento psiquiátrico para formar um grupo de discussão e levar suas estratégias como modelo para as demais regiões. A ação faz parte de um programa lançado pelo organismo em 2008 para garantir, em dez anos, o atendimento a situações de saúde mental mais frequentes na população, como depressão, esquizofrenia, transtorno por drogas, epilepsia, alzheimer e transtorno de saúde mental infantil.
Luís Oliveira/MS
Pedro Gabriel: Brasil ampliou acessoEstes tipos de problemas, de acordo com o coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde do Brasil, Pedro Gabriel, atinge entre 12% a 15% da população mundial. O Brasil, que em 2002 atingia 21% da população com serviços para estas doenças, agora alcança 57%. O que o governo fez foi criar Centros de Atenção Psicossocial (Caps) em municípios do interior, que funcionam integrados ao Programa de Saúde da Família e acompanham a saúde dos pacientes, mas sem internação. Em contrapartida foram reduzidos os leitos em hospitais psiquiátricos, de 59 mil em 2001 para 36 mil no ano passado.Pedro Gabriel cita o caso do município de Vera Cruz, no Rio Grande do Norte, que tem 19 mil habitantes e ganhou um Caps há um ano. O espaço, com quatro profisisonais de nível superior e seis de nível médio, atende 250 pacientes. Se necessário, as pessoas passam o dia no local, mas não são internadas permanentemente. O objetivo é que os pacientes se integrem à sociedade. Existem 1.394 Caps, para 424 em 2002. Já os atendimentos a pacientes de álcool e drogas estão sendo repassados aos hospitais gerais, já que, segundo o coordenador, normalmente estes vêm acompanhados de problemas físicos de saúde.A OMS deve convocar todos os países convidados para uma reunião entre setembro e outubro deste ano. Aí então serão definidas, com mais detalhes, as estratégias de atuação. Além de Brasil e Egito, também África do Sul, Itália e Holanda foram convidados pela instituição. Outras nações ainda deverão ser chamadas pela OMS. Todos fizeram ampliação do acesso aos serviços, mas cada um com o seu modelo. Em visita ao Brasil, o diretor de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS, Benedetto Saraceno, disse que os princípios éticos e técnicos da política e reforma psiquiátrica brasileira estão corretos, ressaltando a diminuição dos leitos manicomiais e o aumento dos Caps.
Luís Oliveira/MS
Pedro Gabriel: Brasil ampliou acessoEstes tipos de problemas, de acordo com o coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde do Brasil, Pedro Gabriel, atinge entre 12% a 15% da população mundial. O Brasil, que em 2002 atingia 21% da população com serviços para estas doenças, agora alcança 57%. O que o governo fez foi criar Centros de Atenção Psicossocial (Caps) em municípios do interior, que funcionam integrados ao Programa de Saúde da Família e acompanham a saúde dos pacientes, mas sem internação. Em contrapartida foram reduzidos os leitos em hospitais psiquiátricos, de 59 mil em 2001 para 36 mil no ano passado.Pedro Gabriel cita o caso do município de Vera Cruz, no Rio Grande do Norte, que tem 19 mil habitantes e ganhou um Caps há um ano. O espaço, com quatro profisisonais de nível superior e seis de nível médio, atende 250 pacientes. Se necessário, as pessoas passam o dia no local, mas não são internadas permanentemente. O objetivo é que os pacientes se integrem à sociedade. Existem 1.394 Caps, para 424 em 2002. Já os atendimentos a pacientes de álcool e drogas estão sendo repassados aos hospitais gerais, já que, segundo o coordenador, normalmente estes vêm acompanhados de problemas físicos de saúde.A OMS deve convocar todos os países convidados para uma reunião entre setembro e outubro deste ano. Aí então serão definidas, com mais detalhes, as estratégias de atuação. Além de Brasil e Egito, também África do Sul, Itália e Holanda foram convidados pela instituição. Outras nações ainda deverão ser chamadas pela OMS. Todos fizeram ampliação do acesso aos serviços, mas cada um com o seu modelo. Em visita ao Brasil, o diretor de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS, Benedetto Saraceno, disse que os princípios éticos e técnicos da política e reforma psiquiátrica brasileira estão corretos, ressaltando a diminuição dos leitos manicomiais e o aumento dos Caps.