Avigdor Lieberman, ministro das Relações Exteriores de Israel, inicia pelo Brasil uma viagem a 4 países da América Latina (Brasil, Colômbia, Peru e Argentina).
É importante ressaltar que o Brasil é o maior parceiro econômico de Israel na América Latina, enquanto a Argentina é o país que reúne a maior comunidade judáica da região.
Segundo especialistas, Israel busca o apoio de países emergentes, como o Brasil, para a sua política internacional. Além do mais, a visita visaria esfriar as relações do Irã com outros países da América Latina, além da Bolívia e da Venezuela.
Mas quem é Avigdor Liebeman? Para entidades de direitos humanos, é um xenófobo racista.
Veja abaixo matéria do site ARABESQ sobre esse polêmico personagem que está pisando em solo nacional.
Avigdor Lieberman é fundador do partido de extrema direita israelense Yisrael Beitenu conhecido pela retórica radical contra os árabes e contra a criação de um Estado palestino livre, soberano e independente. Em diversas ocasiões o chanceler israelense declarou que não acredita na coexistência entre árabes e judeus, sugerindo a “evacuação” dos árabes que vivem em territórios israelenses. “Eu quero que o estado de Israel permaneça sionista, judeu e democrático”, afirmou Lieberman para a United Press International. “Não poderá haver coexistência pacifica (entre árabes e judeus) em um só estado nacional, não podemos viver juntos no mesmo apartamento”, acrescentou. Para os árabes esta simples constatação precede políticas mais agressivas para expulsar nativos árabes, muçulmanos e cristãos, de Israel.Uma dessas políticas pode estar incluída na proposta do seu partido por uma lei que obriga todos os árabes israelenses a jurarem lealdade a Israel como “Estada judeu e democrática”. Do contrário seriam sujeitos a multas, prisões e até expulsão de Israel.Em maio de 2004 Lieberman afirmou que 90% dos 1,2 milhão de cidadãos palestinos de Israel “tinham de encontrar uma nova entidade árabe para viver”, fora das fronteiras de Israel. “Aqui não é o lugar deles. Eles podem pegar suas trouxas e dar no pé!”.O chanceler israelense também recusa aceitar o principio “terra por paz” baseado no reconhecimento do estado de Israel por todos os países árabes em troca da devolução dos territórios árabes ocupados pelo estado sionista, como prevêem as resoluções da ONU. Do contrário disso Lieberman defende a “paz pela paz” em que será mantida a atual situação político-geográfica em troca da paz, ignorando assim os direitos de nações árabes à devolução de seus territórios ocupados.Outra declaração polemica do ministro israelense foi feita em 2008 quando afirmou que “de tempos em tempos nossos líderes (israelenses) vão para o Egito para encontrar o Mubarak (presidente do Egito, o maior aliado israelense no mundo árabe), mas ele nunca concordou em visitar aqui (Israel) oficialmente como presidente. Se ele (Mubarak) quiser falar conosco ele deve vir para Israel. Se não quiser vir, então que vá para o inferno”.Já em 2007 Lieberman se dirigiu a um colega parlamentar árabe no Knesset israelense ameaçando: “você é um aliado de terroristas no Knesset, eu espero que o Hamas tome conta de você e de todos os outros (parlamentares árabes) de uma vez por todas. Não se preocupe, seu dia chegará”.Em 2003 o diário israelense Haaretz informou que Lieberman defendeu que os milhares de prisioneiros palestinos detidos em Israel fossem afogados no Mar Morto, oferecendo, cinicamente, ônibus para o transporte.Em dezembro de 2008 defendeu o uso de armas químicas e nucleares contra a Faixa de Gaza, afirmando que seria “perda de tempo usar armas convencionais. Devemos jogar uma bomba atômica em Gaza para reduzir o tempo de conflito, assim como os EUA atacaram em Hiroshima na Segunda Guerra”, afirmou em entrevista ao jornal israelense Haaretz.Em junho de 2009 discursou no Knesset israelense ameaçando “transformar o Irã num aterro”, através do bombardeio do país com armas nucleares.