Os Uigures são um povo de origem turcomena que professam o islamismo.
Com uma população em torno de 11 milhões de habitantes, a sua maior parte, 8 milhões, está situada numa região denominada Xinjiang, no oeste chinês. Esse território foi invadido pelo exército da China há menos de 200 anos. O restante do povo uigur encontra-se espalhado pela Mongólia, Uzbequistão, Cazaquistão, Uzbequistão e Turquia.
Os uigures lutam pela independência e são fortemente discriminados na China. São pobres, ocupam empregos menos qualificados e ainda são taxados de terroristas. Não se pode esquecer que uma dezena de uigures esteve presa em Guantanamo por conta das detenções desmedidas praticadas no governo Bush. Este é mais um sinal da discriminação que sofrem e da facilidade que os governos imperialistas têm de taxar etnias que visam a independência de terroristas. É fato também que na história de luta pela independência nem sempre os uigures foram pacíficos. Mas nesse último final de semana, pelo o que a população local informa, houve um protesto ordeiro que foi violentamente atacado por policiais.
A mídia se divide. Enquanto a imprensa oficial diz que foram os uigures que iniciaram a prática de atos violentos, a população informa que o protesto iniciado pela etnia uigur era pacífico e que foram os policiais que provocaram tumulto e agressões desmedidas.
Não bastassem os quadros de injustiça relatados anteriormente, nesse final de semana o governo Chinês praticou mais um massacre. Dessa vez não foi na Praça Celestial nem no Tibete. Foi praticado numa região rica em petróleo e com um povo pobre. Foram mais de 140 pessoas assassinadas. E o ocidente aquieta-se. Enquanto a mídia fala incessantemente do Irã, a questão dos uigures passa quase desapercebida. O governo chinês não admite a independência dos uigures nem dos tibetanos. E o interesse econômico mundial, que fala mais alto, permite que os governos se calem perante mais um ato horrendo praticado pelo pseudo governo comunista chinês.