Depende do que você entende por liberdade.
Ser livre para consumir? Ser livre para viver?
Sempre haverá um passado, convicções, dogmas e limitações físicas que nos cerceiam, que limitam o pensar. Pensar não é algo inteiramente livre, pois vem sempre acompanhando de históricos, medos e a incompreensão do todo, o que redunda numa lógica muito restrita. Na verdade, no aspecto intelectual, limitamo-nos àquilo que conhecemos e aprendemos, apenas isso, sempre.
Agora, a liberdade, a liberdade plena, só pode ser atingida através da vivência da alma e pelo amor ao desconhecido, àquilo e àqueles que ignoramos e aceitamos.
Vivência da alma porque não se limita aos aspectos da nossa lógica. E pelo amor ao desconhecido porque é apenas nesta hipótese que somos capazes de não emitir julgamento e não ter conceitos predeterminados.
Como se percebe, ser livre é sempre um objetivo e estar livre é sempre uma condição ideal.
Liberdade, enfim, é a capacidade de abstração dos limites mentais, psíquicos e de uma visão de mundo restrita. É liberar a alma e vivenciar aquela utopia não tão distante quanto imaginamos.
O amar, o amar verdadeiro, puro e intenso por tudo e todos, sem as limitações que a sociedade impõe, sem amarguras, preconceitos e dilemas, sem querer compreender ou julgar, é o caminho mais fácil que conhecemos para alcançar a liberdade. É tão fácil e tão distante, ao mesmo tempo.
Embora seja tão fácil amar, são tantas as condicionantes que colocamos, tantos os dilemas que apresentamos, que a liberdade torna-se algo aparentemente distante, quase inatingível.
Mas ouse amar, pois assim estará a um passo da liberdade e da própria vida.