domingo, 26 de julho de 2009

ESTÃO QUEIMANDO A PELÍCULA DE ARTE

Desde adolescente sou um fã declarado do cinema independente. Com dezoito anos ou menos eu já havia assistido filmes como “E La Nave Va”, de Fellini, o Documentário nacional “Jango” e algumas outras películas. É evidente que enquanto criança eu adorava ver os desenhos de Walt Disney, como Pinóquio, Bambi, Mogli e outros, mas enquanto adolescente e jovem eu sonhava em conhecer o mundo, culturas e gentes através da telona. Lembro-me como se fosse ontem do charme do antigo Cine Belas Artes e das jovens lindas, charmosas e sensuais que freqüentavam aquele ambiente que tinha um “ar” parisiense, segundo minha imaginação de jovem romântico. Lembro-me como se fosse anteontem da sensação que tinha ao estar em uma sala de cinema de arte.
Hoje, no entanto, assisto estupefato o vazio que ronda as salas do dito circuito alternativo. Há uma baixa freqüência.
Nos Estados Unidos, segundo o jornal Folha de S. Paulo, no início do ano passado (2008), havia 38 produtoras independentes atuando em Hollywood. Hoje, restaram 12, apenas. Há uma prevalência pelos filmes com roteiro já testado e aprovado. Filmes de arte e documentários não estão entre a preferência dos estúdios. Por mais absurdo que pareça, prefere-se investir centenas de milhões de dólares em um filme que se sabe ser aceito, do que apenas milhares em algo incerto e que pode redundar em prejuízo, embora pequeno.
No Brasil, porém, o problema maior não é a produção, mas a distribuição. Os cinemas pagam caro e não têm retorno, com uma média fraquíssima de freqüência nas já poucas salas. Os cinemas que exibem a verdadeira sétima arte quase sempre vivem às moscas. Essa é a realidade que sonda o nosso país e o nosso planeta. Seria interessante que na discussão da Nova Lei Rouanet discutissem principalmente a distribuição e a exibição, mais até mesmo do que o financiamento à produção. Assim, com certeza, todos os amantes das artes e em especial da sétima arte agradeceriam antecipadamente.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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