O Brasil retoma passos importantes, apagados com o golpe de 1964.
Além da Petrobras não parar de crescer e haver uma preocupação com a justiça social, os laços com a China voltam a se fortalecer, como antes de 1964.
Para os desmemoriados e aqueles que nem eram nascidos (c0mo eu) em 1961, nesse ano o presidente Jânio Quadros renunciou e o seu vice, João Goulart, conhecido como Jango, encontrava-se na China. Lá houve uma recepção extremamente calorosa, visando a aproximação desses países hoje tão importantes. Aqui, em compensação, os militares e a UDN não queriam permitir a posse de Jango como presidente. O fato de ter promovido de uma só vez a valorização do salário mínimo em 100% enquanto Ministro do Trabalho, irritou a ala empresarial mais à direita. Não fosse o seu cunhado Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul, com a cadeia da legalidade, o antigo PTB não teria empossado o último presidente antes do golpe arquitetado por civis e consumado por militares.
Hoje a China é a parceira mais importante do Brasil, tem mais de 1 bilhão de habitantes e por lá há uma demanda enorme por alimentos, bens e serviços. A China é uma parceira importante e que trará lucros ao Brasil e aos seus empresários. Se em 1964 não tivesse havido a ruptura dos laços econômicos, o Brasil estaria economicamente muito melhor. Mas, de qualquer modo, não dá para chorar pelo leite derramado. Há muito que se fazer e muito o que se conquistar com a parceria com a China. Eles têm tecnologia aeroespacial, militar e uma grande demanda de consumo. O Brasil tem alimentos e minérios, além de engenharia e medicina de ponta.
No plano das relações exteriores, o Brasil vem dando grandes passos e ocupando um importante papel geoestratégico. Se o presidente Lula foi considerado "o cara" pelo presidente estadunidense, não foi a toa. O Brasil, sem grandes conflitos, está ocupando o seu espaço. Em breve ocupará uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, mesmo não sendo potência nuclear, ou alguém duvida?
