Podemos fazer um mundo melhor mesmo não sendo Deuses. Pense que é possível fazermos um mundo melhor do que esse que criamos com os nossos desacertos. Você não acha possível?
Você já se imaginou em um mundo onde todos possam utilizar seus adereços religiosos livremente, sem preconceito? Você já imaginou um mundo em que heterossexuais, pansexuais, homossexuais, bissexuais, transexuais, travestis e grupos com outras preferências sexuais possam coabitar um mesmo espaço?
Você já se imaginou em um mundo em que a educação, a saúde, a erradicação da fome e o bem-estar coletivo fossem agraciados com os investimentos hoje destinados à indústria bélica mundial? Erradicaríamos a fome e propiciariamos uma vida mais digna a todos os componentes desses 6 bilhões de habitantes do nosso planeta terra.
Você já imaginou um mundo sem guerras, mas com discursos? Um mundo sem corrupção, mas com fraternidade? Um mundo sem abuso de poder, mas com solidariedade? Um mundo sem massificação, mas com respeito às diferenças culturais?
O sonho da convivência pacífica com dignidade e respeito mútuo é possível. Basta querermos. Mudar o que hoje está errado é um dever, inclusive. Se não corrigirmos o rumo que a humanidade adotou, as gerações seguintes sofrerão com catástrofes naturais, diferenças salariais abissais e muita injustiça que ferirá almas até então pacíficas.
O mundo está mudando. Obama, um negro com descendência muçulmana e que possui nome árabe, é presidente dos Estados Unidos. Lula, um ex-metalúrgico, é presidente do Brasil. Um indígena governa a Bolívia. E representantes diretos do povo mais pobre chegaram ao poder em diversos países da América Latina. A internet permite uma rápida comunicação e divulgação de cultura e de informação instantânea. É, o mundo não é o mesmo de 10 anos atrás.
Mas as mudanças não foram somente para melhor. Há a grave mudança climática, com o aquecimento do globo terrestre, as guerras sem sentido algum, a fome esquecida, o analfabetismo crescente, o desrespeito escancarado aos direitos humanos pelas grandes potências, a diminuição das publicações de informação e o aumento das publicações de mero entretenimento, e o fim da poesia.
Hoje, o poeta é um homem fora do tempo e do contexto. Ainda bem que é considerado assim, pois isso permite que mantenha a capacidade de enxergar o depois e tocar os corações de forma contundente, mas sem ferir.
É possível revalorizarmos a poesia e o ser humano. Basta querermos e não nos esquecermos de quem somos. Basta querermos realmente um mundo melhor...