A Itália já foi um exemplo de democracia para a Europa, mas hoje reveste-se de um conservadorismo ímpar com as medidas extremadas adotadas pelo primeiro-ministro para lá de Magda, Belisconi. Ops, desculpe: Berlusconi, .
Enquanto o governo italiano realiza um bate-boca diplomático com os políticos brasileiros, graças à concessão de refúgio a um militante da extrema esquerda que foi condenado com base em meros indícios, a situação dos refugiados na Itália é preocupante. Veja abaixo a matéria publicada na Rádio ONU.
Samantha Barthelemy, da Rádio ONU em Nova York
Cerca de 2 mil refugiados estão superlotando um centro com capacidade para apenas 850 pessoas na ilha de Lampedusa, no sul do país.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, informou, nesta sexta-feira, que está preocupado com a situação dos cerca de 2 mil refugiados na ilha de Lampedusa, no sul da Itália.
Segundo a agência, as pessoas, em sua maioria somalis e eritreus, estão abrigados num centro com capacidade para apenas 850 pessoas.
Condições Precárias
De acordo com o Acnur, o centro de Lampedusa era destinado ao alojamento temporário de refugiados, que seguiam para outros locais no sul da Itália enquanto esperavam a decisão sobre seus pedidos.
Mas, após uma mudança na política do governo italiano, no início deste ano, todo refugiado deve permanecer em Lampedusa até que receba uma resposta.
O porta-voz do Acnur, William Spindler, falou à Rádio ONU, de Genebra, sobre as condições no centro de refugiados.
“Neste momento há quase 2 mil pessoas em condições muito precárias. Entre elas crianças e mulheres que estão sem os serviços básicos, que não têm ao menos uma cama para dormir. São pessoas que, em muitos casos, sofreram experiências terríveis em seus países de origem, mas também durante a viagem para chegar a Lampedusa,” disse.
Segundo o Acnur, a superlotação não está só piorando a situação humanitária dos refugiados, mas também dificultando o trabalho da agência.