A crise econômica que está atormentando os mercados financeiros de todo o planeta não é apenas do capitalismo. Como esse sistema rege o mundo inteiro, os seus efeitos se expandem para Cuba, Coréia do Norte e outros, que de uma forma ou outra dependem do restante dos países que aderiram à economia de mercado, na verdade do mercado financeiro, onde os grandes investidores ditam os rumos do mundo, das guerras a serem travadas e do "modus vivendi".
Não há dúvidas de que haverá algumas conseqüências diretas e outras a médio e longo prazo com essa grave crise financeira. Vamos citar algumas que antevejo:
A CURTO PRAZO
Diminuição brutal das guerras patrocinadas pelos Estados Unidos.
Diminuição das intervenções indiretas dos Estados Unidos em questões de geopolítica.
Diminuição do consumo global e dos efeitos maléficos de contaminação da natureza.
A MÉDIO PRAZO
Aumento do número dos fundamentalistas ocidentais.
Aumento da liberdade nos países teocráticos do Oriente.Aumento da representatividade da direita nos países que mais sofrerem com a turbulência econômica.
Participação cada vez mais importante da extrema direita na maior parte dos países ocidentais.
Formação de grandes blocos econômicos e militares.
Aumento da xenofobia e do racismo.
Legislações protecionistas nos países que hoje compõem o G8, num contrasenso ao que pregam atualmente.
Ressurgimento com força de sistemas alternativos ao capitalismo.
A LONGO PRAZO
Legislações mais rigorosas contra discriminações em todos os aspectos, incluindo os religiosos.