Hoje é dia dos Professores. Foram tantos os profissionais que tanto nos ensinaram, cada um com sua característica e todos pensando em um ser humano melhor para uma humanidade melhor.
Mas fica difícil pensar em uma humanidade melhor quando saímos de nossos casulos para olhar e ver a realidade ao redor.
Recentemente tive que ir ao Centro de São Paulo e fui de Uber. Na volta, ao chamar o veículo, o local indicado para esperar o carro era na Praça da Sé. E me espantei com o que vi no caminho. Inúmeras pessoas largadas na rua Benjamin Constant, sentadas, deitadas, dormindo, algumas em barraca, e muitas, muitas mesmo, fumando maconha, pois o cheiro era frequente. Porém, ao avistar a Praça da Sé o susto foi ainda maior. O número de barracas lá montadas impressiona qualquer um.
Ver aquela miséria repleta de desumanidade e não se sentir incomodado não condiz com os ensinamentos humanistas que recebemos da maior parte de nossos professores.
A miséria está muito grande, o que torna a convulsão social mais que uma mera possibilidade.
Resolver o problema das pessoas parece que nunca foi a prioridade do sistema econômico vigente no Brasil nem dos políticos que comandam a nossa Nação. O ser humano raramente foi o ponto central da política brasileira. Talvez isso explique o ensino não ser prioridade, nunca ter sido resolvido o problema das favelas e dos moradores em situação de rua nem dos drogaditos. O que interessa aos donos do poder é o dinheiro e o que o traz até eles, apenas isso.
