O ser humano adora hierarquizar e segregar, mesmo em meio a uma pandemia. Condições sociais e econômicas sempre foram utilizadas para isso. Agora a desculpa para isso é a marca da vacina que você tomou.
Com base no tipo de vacina que você tomou, poderá, ou não, ingressar em um país, como acontece na Europa e Estados Unidos, ou até mesmo em um restaurante, como já ocorre em Chicago, nos Estados Unidos.
Dizem que algumas vacinas protegem mais, outras menos, assim como há as que causam mais efeitos colaterais, outras menos. E é com base na suposta eficácia da vacina tomada que as pessoas podem sofrer discriminação. Vacina boa, na verdade é a que o país consegue propiciar, que você tomou e que te protege.
Soa um absurdo as pessoas quererem classificar as vacinas pela suposta eficácia neste momento. É impossível afirmar, por enquanto, que uma vacina é melhor que a outra. As pessoas têm que tomar as que estão disponíveis.
Aliás, os governantes deveriam se unir para conversar com as indústrias farmacêuticas para que todos os países, ou pelo menos os que possuem equipamentos para isso, pudessem produzir vacinas e insumos localmente, pagando direitos, se o caso, mas a fim de propiciar a maior vacinação, em menor tempo, de toda a população mundial. É disso que o mundo precisa e não de discriminação por marcas, agora de vacinas!
