O Brasil tem uma economia que não para de crescer. O nível de vida da classe média melhorou. Dizem que diminuímos o número de pobres, mas será que realmente há menos miseráveis como apregoa o governo federal? Qual o critério adotado para se chegar a tal conclusão? O valor utilizado como base é suficiente a garantir uma vida digna aos ex-excluídos?
Sem dúvida, estamos muito melhor hoje do que há poucos anos. O Brasil cresceu economicamente e se consagrou como uma das principais economias emergentes do planeta.
Porém, vejo uma questão que muito me incomoda, a da educação de base. O ensino fundamental nas escolas públicas é fraco, não há o incentivo ao período integral. E somente com educação garantiremos não só a mobilidade social efetiva, mas também uma economia crescente com mão-de-obra qualificada ao país. Temos que pensar no nosso futuro.
ESTADOS UNIDOS
Os Estados Unidos estão mudando. Perdem cada vez mais a importância econômica, a sua moeda já não dita as regras de investimento mundial e o seu exército numeroso e armado até os dentes tem um custo insuportável aos cofres públicos. Os Estados Unidos não precisam de mais uma guerra, mas continuam a agir com uma espionagem de causar inveja ao 007 dos filmes de ação.
Mesmo com tanto dinheiro, a política externa não tem conseguido os êxitos esperados. Os motivos são muitos, mas o principal é que o império já não é bem visto por boa parte da humanidade. Mesmo assim, porém, a política exterior estadunidense continua a trilhar o caminho tortuoso rumo ao abismo.
O BRASIL OCUPA GRADATIVAMENTE O ESPAÇO POLÍTICO DOS ESTADOS UNIDOS
O Brasil cresce geopoliticamente. Tem forças representando a ONU no Haiti. Participou como interlocutor do ocidente no acordo Irã-Turquia-Brasil. Os países árabes o querem como mediador das negociações de paz com Israel. Age veloz e eficazmente para liberar reféns nas tratativas das Farcs com o governo colombiano. É líder inconteste da América Latina. Goza de apreço pelos principais países do mundo ocidental e oriental. É reconhecido como um país pacífico.
Os Estados Unidos já são odiados em vários cantos do planeta, na Ásia, no Oriente Médio, em certas regiões da África e na própria América Latina. Enquanto o Brasil cresce em respeito, os Estados Unidos encolhem-se.
O Brasil não para de crescer economicamente. Seus bancos lideram no continente. Os bancos americanos sofrem intervenção do governo e acumulam dívidas bilionárias. A indústria brasileira internacionaliza-se. A força fabril americana concentra-se no exterior, mas mantém o domínio do mercado em diversas áreas. O Brasil expande mercados. Os Estados Unidos impõem a vontade e os seus interesses por meio da força.
O mundo tem acesso às armas atômicas e os Estados Unidos já não detém o monopólio do poder de impor o medo.
O Brasil amplia as relações culturais, comerciais e científicas. Os Estados Unidos, arrogantemente, restringem as relações.
O Brasil e os Estados Unidos foram colônias que sofreram grande influência da Europa e demoraram a incluir os negros socialmente. Os Estados Unidos enriqueceram vendendo armas. O Brasil cresce exportando matéria-prima e, aos poucos, amplia o conhecimento na área tecnológica.
O destino é certo. O Brasil ocupará parte do pódio de liderança no mundo, dividindo-o com Rússia e China.
O tempo, e só ele, permitirá uma transição esperada por todo o planeta, da multipolaridade e do diálogo entre nações. E o Brasil tem um papel importante a exercer.
