do site ARABESQ
Pesquisa de opinião mostra que a maioria da sociedade palestina apóia a resistência armada, e considera o Hamas vitorioso na guerra contra Israel em Gaza.
O estudo, publicado nessa quarta-feira (4) na Cisjordânia, mostra notável crescimento da popularidade da resistência Islâmica palestina e de seus líderes em comparação com 2008.
Na primeira sondagem de opinião realizada pelo Centro Jerusalém de Comunicação, 46,7% dos palestinos disseram que o Hamas foi vitorioso em Gaza contra 9,8% dos votos em Israel e 37,4% que não declaram vitória para nenhum lado do conflito.
Quanto à escolha em caso de eleições palestinas, 28,6% dos participantes votariam no Hamas, resultado 9% superior ao registrado em Abril de 2008. já o Fatah caiu de 34% para 27,9% dos votos pesquisados.
A pesquisa mostra também o crescimento do nível de confiança no primeiro-ministro afastado do Hamas, Ismail Hania, de 12,8% em outubro de 2008 para 21,1%. Já a confiança no Presidente palestino caiu de 15,5% para 13,4%. Também cresceu a crença de que os foguetes palestinos ajudam os objetivos nacionais palestinos, de 39,3% em outubro de 2008 para 50,8%.
53% dos entrevistados dizem apoiar operações militares contra alvos israelenses durante as atuais condições políticas. Já 55,4% apóiam ataques contra civis israelenses, resultado 5% superior ao registrado em outubro de 2008.
Também cresceu a oposição às negociações de paz que tinha apoio de 40,9% dos palestinos em outubro de 2008, contra 34,7% dos votos pesquisados após a guerra israelense em Gaza. 30,6% dos pesquisados preferiram maior participação de mecanismos internacionais, supervisionados pela ONU, para a reconstrução de Gaza, 23% defenderam que o Hamas seja o encarregado e 13,7% escolheram a autoridade palestina.
De acordo com o Centro Jerusalém de Comunicação, 60 pesquisadores entrevistaram mais de 1198 palestinos maiores de 18 anos, em todo o território palestino.
Para especialistas, os resultados só confirmam as previsões de que a política militar israelense aumentaria o radicalismo em ambos os lados, e afastaria as sociedades da opção pela paz.
Com agências internacionais
