segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A VACA E O ATOLEIRO


Um bezerro pode fazer mal a alguém? Os hindus que me perdoem, mas pode, sim.Estava eu em Minas, rumando a um Parque Nacional, quando um bezerro parou na estrada de terra (ou de chão, como chamam no interiorzão do país), na minha frente, e não saia por nada, mesmo com os toques de buzina que dava. Acelerava o carro, e nada… A solução foi jogar o automóvel cada vez mais de lado, até conseguir passar. Eu estava cansado e não podia ficar horas esperando pela saída voluntária do animal da minha frente. Tinha que passar.A conseqüência da minha pressa foi ficar com os dois pneus direitos caídos para fora da pista.É, mas o meu sufoco não acabou aí, não.Para piorar o meu estresse, duas velhinhas chegaram e falaram para mim: "Uai, meu filho, o seu carro vai cair". Adoro velhinhos, mas deu uma vontade de esganar essas duas. Desesperado, amarrei uma corda no carro e fiquei segurando, como se fosse um Hércules que pudesse deter a queda do carro. E ele estava indo rumo a ribanceira, mesmo…Mas a minhas sorte estava mudando.De repente,parou um jipe que ficou quase uma hora tentando tirar o carro e nada…Logo depois tinha uns 10 jipes, umas 5 caminhonetes e tantos outros carros parados na estrada, todos dispostos a me ajudar. Aí eu me acalmei, pois se perdesse o carro, não teria sido sem tentativas de evitar que isso ocorresse.Amarramos umas mil cordas no Fiat Palio que tinha e três jipes puxaram, até que consegui sair…Depois, festejamos com cervejas e cada um tomou o seu rumo.Estava feliz! Achava que a minha sorte havia mudado.Na volta do feriado, recomeçou o drama. Não parava de chover e a estrada era barro puro. Tinha até pickups atoladas. Mas, surpreendentemente, o meu carro baixinho consegui passar, a muito custo e nervoso, mas quando vi já estava rumando a uma BR da vida.Acho que aprendi a dirigir melhor e devo isso àquele bezerro nada inocente.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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