segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

PALESTINOS, OS EUROPEUS ARABIZADOS PERSEGUIDOS PELO SIONISTAS EUROPEIZADOS E INTERESSES ECONÔMICOS


Ao lado de prisões de crianças, muitas com 6 ou 8 anos de idade, agressões a idosos, destruições de plantações e de casas palestinas, cada vez mais países cedem a pressões para reconhecer Jerusalém como a capital “indivisível” de Israel, detruindo de vez qualquer sonho palestino de independência e dignidade.

A questão palestina e todo o sofrimento desse povo é esquecido cada vez mais pela mídia, pelas pessoas e pelos Estados, inclusive árabes.

Em 1947 a ONU determinou a criação de dois Estados naquilo que era a Palestina sob mandato britânico. Ao mesmo tempo em que grupos terroristas judaicos expulsavam palestinos, mais e mais judeus europeus chegavam ao território britânico da Palestina.

A Palestina, como era chamada a área onde hoje ficam os territórios palestinos e de Israel, estava sob a ocupação britânica.

Antecipando-se à decisão da ONU, os judeus declararam a independência do Estado de Israel, enquanto a Palestina ainda continuava sob a força de ocupação britânica.

Exércitos de países árabes recém libertos saíram em defesa dos palestinos e Israel saiu vitorioso e, dia a dia, foi ocupando mais áreas palestinas e de vizinhos árabes.

Hoje, os palestinos agrupam-se em pequenas áreas não contíguas. Áreas da Cisjordânia, que deveriam ser integralmente palestinas, estão ocupadas por colonos israelenses e o que era a Cisjordânia não se comunica com a faixa de Gaza, ambas drasticamente diminuídas em relação ao Mapa determinado pela ONU.

Os israelenses, hoje, ocupam áreas palestinas, exercem barreiras e força policial em toda a Palestina e se julgam no direito de prender crianças, mulheres, jovens e idosos sem mandado judicial e sem qualquer direito a julgamento e também o de destruir casas e plantações de palestinos.

Milhões de palestinos refugiados em países árabes vizinhos e no mundo afora são proibidos pelos israelenses do direito de retorno. E são proibidos de retornar não à área reconhecida como Israel, mas à própria Palestina declarada pela ONU.

A Israel determinada pela ONU é uma muito menor em relação à Israel de hoje, que expandiu-se sobre áreas libanesas, sírias e palestinas.

Graças a essa pretensão expansionista do Estado de Israel, os sucessivos governos daquele país têm sido chamados de sionistas, movimento surgido no final do século XIX e que defendia, desde então, a criação de um Estado para os judeus e que abrangesse o que julgam pertencer ao antigo Reino de Israel.

O antigo reino de Israel, segundo os sionistas, vai muito além do mapa determinado pela ONU e muito além da área hoje ocupada por Israel. As fronteiras desse país, hoje, não têm limites e estudiosos afirmam sobre o interesse das forças militares israelenses sobre o Líbano como um todo, parte da Síria e até da Jordânia.

Mas o mundo se cala perante tamanha desumanidade, e por qual motivo?

Muitos países árabes voltaram a manter relações diplomáticas com Israel por razões geopolíticas, como Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos, mais preocupados com que a violência que exercem sobre minorias não sejam divulgadas no mundo afora, em especial Marrocos em relação ao povo do Sahara Ocidental e Bahrein em relação à maioria xiita.

Mas muitos países também têm cedido a Israel por motivos econômicos, já que esse país é uma potência nas áreas tecnológica e bélica.

Vêm diminuindo o número de países que defendem integralmente a causa palestina e daquele povo. E os palestinos correm o risco de serem abandonados à própria sorte.

Lembre-se que segundo os cientistas, os palestinos descendem de povos muito antigos de origem grega que por lá se fixaram milhares de anos atrás. Esses povos estiveram sob o jugo cananeu, filisteu, árabe, cruzado, turco-otomano, britânico e agora sob a dominação israelense. Os palestinos se declaram árabes devido à arabização ocorrida com o tempo e durante toda a sua história estiveram ligados à região que habitam, muito antes da islamização ocorrida por todo o Oriente Médio. A sua capital, que seria Jerusalém, hoje está sob ocupação Israelense, que pleiteia a sua integralidade e o reconhecimento como sua capital.

Os palestinos, um povo de múltiplas fés que defendeu Jerusalém contra o radicalismo entre cruzados e islâmicos, hoje está sendo derrotado pela traição de alguns países árabes, pelo radicalismo sionista e por interesses econômicos de outras nações.

A violação aos direitos humanos e humanitários naquela área é crescente, dia a dia, mas os palestinos não desistem de lutar pacificamente, através de sua cultura, na manutenção de suas raízes e de uma tolerância que um dia se fará brotar por todo aquele território, fincando a paz em toda a região, bem como tornando realidade o direito à sua autodeterminação como povo e Nação.

Numa estranha contradição, os europeus arabizados, que são os atuais palestinos, são perseguidos pelos sionistas europeizados que se declaram judeus.

A questão, portanto, exige acima de tudo compreensão e tolerância em relação a uma questão tão complexa como a que se apresenta.

Para refletir:

Para viver, sinta, sonhe e ame.
Não deseje apenas coisas materiais.
Deseje o bem e multiplique as boas ações.
Sorria, sim. Mas ame mais.

Ame a si, aos outros, a quem está próximo e distante.
Ame quem errou e quem acertou.
Não diferencie.

O amor não julga. O amor não pune. O amor aceita.
Pense nisso e aceite a vida.

Vamos brincar com as palavras?



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